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Mundial 2018: Como a Rússia se esforçou para criar uma prova mais verde e tecnológica

Todos os estádios onde se irão disputar os jogos foram pensados e construídos para terem o menor impacto ambiental possível e obtiveram uma certificação verde.
  • Xavi num jogo da seleção espanhola com o Chile, em 2013, a disputar o lance com David Pizarro
11 Junho 2018, 17h12

O Mundial da Rússia começa já esta quinta-feira, dia 14 de junho. No dia seguinte, Portugal defronta a Espanha, no Fisht Stadium, em Sochi, onde há quatro anos a Rússia construiu a aldeia olímpica para acolher os jogos olímpicos de inverno.

Dos doze estádios onde as 32 equipas se vão defrontar em 64 jogos, apenas o estádio do jogo inaugural da seleção nacional tinha condições mínimas para receber uma partida do Mundial. No entanto, foram feitas pequenas alterações: a capacidade foi aumentada para 48 mil espectadores, o terreno de jogo foi adaptado às regras da FIFA, órgão máximo do futebol mundial, e foram instalados sistemas automatizados que reduzirão em 50% os custos energéticos, avança o site expansion.com.

Um mundial verde e equipamentos ecológicos

Desde 2009 que a FIFA, presidida pelo suíço Gianni Infantino, obriga todos os países licitadores à organização de um mundial a compilarem informações detalhadas sobre políticas económico-sociais e ambientais. O plano de sustentabilidade da FIFA impõe que todos os estádios tenham uma certificação verde e critérios de sustentabilidade rigorosos. Qualquer licitador deve apresentar medidas concretas de fomento à economia e ao desenvolvimento das comunidades anfitriãs de um mundial, sem descurar os mecanismos à criação de emprego e políticas de protecção ao meio ambiente.

Todos os estádios onde se irão disputar os jogos foram pensados e construídos para terem o menor impacto ambiental possível e obtiveram uma certificação verde. Segundo o expansion.com, o palco da final e do Portugal-Marrocos, o Luzhniki Stadium, em Moscovo, foram instaladas lâmpadas LED que permitem reduzir em 70% o consumo de electricidade. O Kazan Arena reutiliza a água da chuva, permitindo regar 40% do terreno de jogo. Foram ainda plantadas 1050 árvores e cerca de 16.000 metros quadrados foram destinados a jardins.

Ainda de acordo com site espanhol, durante a Taça das Confederações de 2017, que serviu de ensaio para a recolha e reciclagem de resíduos, foram recicladas “87.9 toneladas de vidro, plástico, alumínio, papel e cartão”.

Estima-se que a Rússia gastou cerca 13 mil milhões de euros na organização do mundial, sendo que a maior fatia deste valor foi destinada à construção ou renovação dos estádios. Este valor, aliás, mil milhões acima do inicialmente previsto, dava para organizar três vezes o mundial do Brasil de há quatro anos.

Além dos palcos dos jogos, também os equipamentos dos jogadores durante o mundial são amigos do ambiente, sendo feitos com poliéster reciclado a partir de garrafas de plástico. A selecção portuguesa, cujo equipamento é feito pela norte-americana Nike, é totalmente feito com poliéster reciclado, que utiliza 75% menos petróleo que o poliéster tradicional e produz menos CO2 na sua confecção. Já o equipamento da Argentina de Messi, da alemã Adidas, é um composto de 51% de poliéster tradicional com 49% de poliéster reciclado.

Portugal defronta a Espanha na sexta-feira dia 15 de junho às sete da tarde em Sochi; na quarta-feira, dia 20 de junho, em Moscovo, contra Marrocos; e dia 25 de junho, contra o Irão, em Saransk.

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