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Nacionalização dos CTT chumbada no Parlamento pela direita e PS

O chumbo das iniciativas apresentadas pelo BE, PCP e PEV acontece na mesma semana em que o serviço postal apresentou uma queda de 28% para 19,6 milhões de euros, penalizado pelas indemnizações pagas no âmbito do programa de transformação operacional.
  • Foto cedida
22 Fevereiro 2019, 15h15

As três propostas de (re)nacionalização dos CTT – Correios de Portugal foram esta sexta-feira chumbadas na Assembleia da República. O chumbo das iniciativas apresentadas pelo BE, PCP e PEV acontece na mesma semana em que o serviço postal apresentou uma queda de 28% para 19,6 milhões de euros, penalizado pelas indemnizações pagas no âmbito do programa de transformação operacional.

O projeto de lei do BE que previa a apropriação pública da empresa através da nacionalização do controlo acionista, salvaguardando-se “o interesse público nacional”. A proposta foi chumbada com os votos contra das bancadas de PSD, PS, CDS-PP e do deputado não inscrito, Paulo Trigo Pereira. A iniciativa bloquista contou ainda com a abstenção do PAN.

Já o projeto de lei apresentado na Assembleia da República pelo PCP defendia “é imperioso e urgente” avançar com a recuperação do controlo público dos CTT mas que o Estado deveria “adotar as medidas transitórias que se revelem necessárias à defesa do interesse público, nomeadamente promovendo a suspensão da negociação de ações dos CTT”. O documento foi também chumbado, com os votos contra do PSD, do PS, do CDS-PP e o deputado não inscrito, Paulo Trigo Pereira. O PAN absteve-se.

O projeto de resolução do PEV que defendia a reversão da privatização dos CTT foi igualmente rejeitado com os votos contra de PSD, PS e CDS-PP, a abstenção do PAN e votos favoráveis de BE, PCP, PEV e do deputado não inscrito, Paulo Trigo Pereira.

Os CTT foram privatizados em setembro de 2014. Na passada quarta-feira, o serviço postal reportou uma queda de 28% nos lucros para 19,6 milhões de euros, acima do previsto pelos analistas. Em comunicado divulgado no site da CMVM, os CTT explicaram que o resultado líquido foi “influenciado pelas indemnizações pagas por rescisões de contratos de trabalho por mútuo acorde de 20,7 milhões de euros, sobretudo no âmbito do Plano de Transformação Operacional”.

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