O ‘Ring Always Home Cam’ (RAHC) é um pequeno drone que foi desenhado pela Amazon para funcionar como um sistema de segurança que alerta os donos da casa para uma possível invasão indesejada. Apesar das boas intenções, o novo gadget está a causar preocupações relativamente à privacidade e à forma como, cada vez mais, as tecnológicas se misturam com a vida pessoal de cada um, segundo o “Business Insider”.
O RAHC custa 250 dólares (215 euros) e está preparado para permanecer dentro de casa num “berço” especial à espera de ser ativado pelo seu proprietário. Entre as suas funcionalidades, destaca-se a deteção de invasões indesejadas ou um alerta para incêndios. Uma vez ativado, assim que identificar a possível ameaça, transmite as imagens em direto para o smartphone do proprietário que ficará encarregue de chamar as autoridades competentes (polícia ou bombeiros).
A forma como se ativa o dispositivo está no centro da polémica, ou seja, a sua vulnerabilidade é sabida, mas mesmo que não se trate de algo que os piratas informáticos consigam explorar, a possibilidade da própria Amazon controlar o RAHC tem afastado muitos compradores que acusam a gigante norte americana de aumentar o seu espetro de invasão de privacidade.
O grupo britânico de defesa da privacidade ‘Big Brother Watch’ descreveu o RAHC como “indiscutivelmente o produto de vigilância mais assustador da Amazon”. O diretor do grupo, Silkie Carlo acrescentou que “é difícil imaginar por que razão a Amazon pensa que alguém quer câmeras conectadas à internet por uma empresa de coleta de dados na privacidade de sua própria casa”.
Como forma de justificação, a Amazon tentou acalmar as preocupações com a privacidade do drone que segue os utilizadores nas suas casas, dizendo que foi deliberadamente construído para ser barulhento para que os proprietários o possam ouvir a chegar.
Em 2019, a Amazon e outras grandes empresas de tecnologia foram consideradas culpadas de enviar trechos de áudio capturados através dos seus assistentes inteligentes como a ‘Alexa’ (Amazon) para moderadores humanos da empresa para, posteriormente, serem revistos.
Segundo a “Bloomberg”, as gravações da ‘Alexa’ incluíam momentos sensíveis e íntimos. A descoberta gerou indignação nos consumidores que não sabiam que as suas conversas privadas poderiam acabar nas mãos de revisores humanos.
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