[weglot_switcher]

O paradoxo luso-brasileiro

A narrativa da fraternidade, dos laços de amizade histórica, da partilha da língua é parte da relação luso-brasileira e tem dificultado a construção de uma sintonia entre a auto-imagem de um país e a respectiva percepção pelo outro.
15 Outubro 2022, 17h30

A efeméride do bicentenário da independência do Brasil introduziu, na imprensa e na academia portuguesas, uma reflexão sobre a relação luso-brasileira que não é comum. Prevaleceu a análise do passado – o império, o colonialismo e as suas marcas nos dois países – mas também se conjecturou sobre o estado do relacionamento e as suas potencialidades.

À primeira vista pode pensar-se que é um debate esgotado dada a longevidade da relação. Embora assim possa ser no que se refere à discussão do passado, o mesmo não acontece com a discussão das relações luso-brasileiras contemporâneas, nos dois lados do Atlântico. Em parte, aquela assumpção poderá ter contribuído para um desconhecimento de Portugal relativamente ao Brasil, e do Brasil relativamente a Portugal, ou pelo menos, um conhecimento desfasado da realidade. Adicionalmente, existe também uma constante narrativa em torno da ideia de uma fraternidade histórica e de afinidades culturais que unem os dois países e os tornam parceiros especiais e privilegiados.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.