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PAN pede que Governo não “acrescente uma crise política à crise sanitária”

“É bom que o primeiro ministro tenha a consciência que nós não podemos acrescentar esta crise sanitária e crise socio económica uma crise politica e portanto que nos deixemos de fait divers porque efetivamente o que temos assistido seja com ameaças de crise política seja depois com medidas que em nada contribuem para combater a pandemia”, referiu Inês Sousa Real
20 Outubro 2020, 12h47

Antes de se reunir com o primeiro-ministro, a líder parlamentar do PAN Inês Sousa Real expressou alguns dos pedidos do partido para o Orçamento do Estado para 2021.

“É bom que o primeiro ministro tenha a consciência que nós não podemos acrescentar esta crise sanitária e crise socio económica uma crise politica e portanto que nos deixemos de fait divers porque efetivamente o que temos assistido seja com ameaças de crise política seja depois com medidas que em nada contribuem para combater a pandemia”, referiu Inês Sousa Real.

Para o PAN, um exemplo de medidas que não contribuem para o combate à pandemia, remete para a aplicação de rastreio. “Foi o caso da app stay away covid, mas também é bom que o senhor primeiro-ministro tenha consciência que não basta vir para a opinião pública dizer que está disponível para negociar com as restantes forças políticas e depois não acolhe aquilo que são as propostas das outras forças políticas no Orçamento”.

Em declarações ao Expresso, Inês Sousa Real sublinhou que o Orçamento do Estado para 2021 é “muito pouco ambicioso” em matéria ambiental e de justiça social e critica as “polémicas desnecessárias”. “Precisamos que o Governo mostre real abertura, o que não se verificou até agora”, explicou a deputada do PAN admitindo ainda que o partido poderá votar contra a versão preliminar do Orçamento.

Uma versão compatível com a de André Silva, líder do partido, que à agência Lusa disse ser “fundamental que o Governo dê sinais concretos e materializados no Orçamento do Estado de que, de facto, está comprometido com aquilo que diz relativamente ao combate às alterações climáticas, porque este Orçamento, do ponto de vista ambiental, é mesmo muito poucochinho”.

A ideia de que o Orçamento preparado pelo Governo é insuficiente tem acompanhado o PAN desde o momento em que tiveram acesso à versão atual do documento. A 13 de outubro, numa primeira análise, Inês Sousa Real destacou que o partido tem “sentido alguma dificuldade no acolhimento de várias preocupações do PAN, que são também as dos nossos eleitores e do país, relativamente ao combate a esta crise socioeconómica sem precedente”.

“A leitura que fazemos é insatisfatória face aquilo que é o acolhimento de medidas e à visão disruptiva deste orçamento, à falta de visão e de rasgo que se traduz num OE de continuidade face àqueles que foram o Orçamento Suplementar e o de 2020”, afirmou Inês Sousa Real.

O primeiro-ministro recebe esta terça-feira o Bloco de Esquerda, o PCP e o PAN, para que continuem as negociações para o OE 2021 que será debatido na generalidade na próxima terça-feira, dia 27 de outubro, estando a votação agendada para dia 28 de outubro.

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