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PCP anuncia voto contra novo estado de emergência mas deixa apelo à vacinação

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reitera que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de ser reforçado e que havendo garantia de “segurança e eficácia” todos os portugueses devem ser vacinados.
  • António Pedro Santos/Lusa
16 Dezembro 2020, 15h37

O Partido Comunista Português (PCP) anunciou que vai manter o voto contra a renovação do estado de emergência até 7 de janeiro, que vai ser votado na Assembleia da República esta quinta-feira. O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, reitera que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem de ser reforçado e que havendo garantia de “segurança e eficácia” todos os portugueses devem ser vacinados.

“A nossa posição de princípio [em relação ao estado de emergência] é conhecida”, afirmou Jerónimo de Sousa, no final da reunião com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a eventual renovação do estado de emergência entre 24 de dezembro e 7 de janeiro do próximo ano. Desde o início da pandemia em março, o PCP tem votado sempre contra todos os estados de emergência por considerar “excessivas” as limitações impostas.

A par com o PCP, também o Iniciativa Liberal, Chega e o Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) anunciaram, à saída do Palácio de Belém, que irão votar contra a renovação do estado de emergência.

Jerónimo de Sousa reiterou que o reforço do SNS é “uma questão central” no combate e prevenção da Covid-19 e que devem ser reforçados os serviços médicos não só relativamente aos doentes Covid, mas também para doentes não Covid. Disse ainda que é importante reforçar a vacinação, pois desde que haja “garantia e sustentação cientifica, segurança e eficácia em relação às vacinas [contra a Covid-19], é importante tomá-la”.

O líder comunista alertou ainda que não se pode “esquecer neste período outras patologias”. “Verificamos, infelizmente, o adiamento sistemático de consultas e exames. Entrou-se já num ritmo de se marcar hoje e passado cinco dias vem um aviso de que será daqui a três meses. Isto envolve centenas de milhares de portugueses e, por isso mesmo, não é dissociável tratamento Covid e do tratamento de outras patologias”, disse.

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