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PCP pede que não se transforme problema de saúde em “caso de polícia”

O secretário-geral do PCP defendeu hoje que o Governo deve tomar medidas “proporcionais” e com “pedagogia”, avisando que não se pode transformar um problema de saúde “num caso de polícia”.
  • António Cotrim/Lusa
30 Outubro 2020, 14h50

“Exagerar nessas medidas, pensar que se resolve como um problema securitário, assim não resolvemos o problema. É essa pedagogia para que o povo compreenda o sentido e não procurar de uma forma fácil uma medida securitária, designadamente de confinamento das pessoas, com toda a paralisação da atividade económica e do plano social”, criticou Jerónimo de Sousa, no final de uma reunião de mais de uma hora com o primeiro-ministro, António Costa.

O secretário-geral do PCP defendeu ainda que as medidas a anunciar pelo Governo no sábado “são inseparáveis” de medidas de reforço do Serviços Nacional de Saúde (SNS), dizendo discordar de uma requisição civil dos privados se tal significar desvalorizar o sistema público.

“Não transformemos um problema de saúde num problema policial”, apelou.

Jerónimo de Sousa foi o terceiro líder partidário a ser recebido em São Bento, num dia em que António Costa ouve todos os nove os partidos com representação parlamentar para procurar um consenso para a adoção de medidas imediatas de combate à pandemia de covid-19, que tem registado um continuado aumento em Portugal.

As medidas a tomar pelo Governo serão depois anunciadas por António Costa, no sábado, no final de uma reunião do Conselho de Ministros extraordinária.

Na sexta-feira, Portugal registou um novo máximo de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) desde o início da pandemia de covid-19, com 275 pessoas hospitalizadas. O boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), que contabilizou também 40 mortos e 4.656 infetados.

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