O ministro das Infraestruturas garante que trabalha bem com os seis administradores escolhidos pelo Estado com lugar no conselho de administração da TAP.
Um dos administradores é Diogo Lacerda Machado, escolhido pelo primeiro-ministro em 2016 para negociar a reversão parcial da privatização da TAP. Segundo avançou o jornal Expresso esta semana, o ministro e o administrador terão entrado em rota de colisão há meses sobre a estratégia para a companhia aérea.
Questionado sobre esta alegada tensão, o ministro não quis “comentar especulações”, apontando que o tema não tinha “relevância”.
Preferiu antes destacar que os “seis administradores do Estado têm feito o seu trabalho com um grande empenho e dedicação à TAP. Temos conseguido trabalhar bem em conjunto”
“Estou há um ano e quatro meses nestas funções, trabalho com os seis administradores do Estado e o trabalho tem sido bom, temos conseguido trabalhar em conjunto”, afirmou o ministro na conferência de imprensa em que anunciou que o Estado reforçou a sua posição no capital da TAP para 72,5%, comprando a posição de 22,5% de David Neeleman por 55 milhões de euros, com o empresário Humberto Pedrosa a manter os 22,5%, e os restantes 5% nas mãos dos trabalhadores da TAP.
Pedro Nuno Santos rejeitou que exista a possibilidade de qualquer mexida nos representantes do Estado na TAP.
A título de exemplo, apontou que divergências e tensões acontecem normalmente no Governo ou na TAP, tal como em qualquer outro local de trabalho.
“Passa-se no Governo ou no conselho de administração da TAP o que acontece em qualquer grupo que trabalha em conjunto: as pessoas não pensam sempre todas o mesmo, e as boas soluções constroem-se quando há pessoas que pensam de forma diferente e conseguem trabalhar em conjunto com mais ou menos tensão”.
“Quando estamos em Conselho de Ministros e partimos para uma decisão não pensamos sempre o mesmo. Não faziam ideia da tensão que existia entre mim, como ministro das Infraestruturas, e o antigo secretário de Estado do Orçamento e agora ministro das Finanças e vai continuar a existir”, afirmou, referindo-se a João Leão, sentado a seu lado na conferência de imprensa.
“Isso significa que nos damos mal que não conseguimos trabalhar em conjunto? Não, era só o que faltava, é assim no Governo, numa empresa, numa associação. Numa equipa, neste caso os administradores do Estado na sua relação com o Governo, não pensam todos o mesmo. Partimos muitas vezes de avaliações diferentes, de analises diferentes, de visões diferentes”, destacou o ministro.
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