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Pessoas ou primatas? Google corrigiu algoritmo alegadamente racista

Gorilas, chimpanzés e macacos desapareceram do programa de etiquetagem do ‘Google Images’ para que não haja confusões com humanos.
15 Janeiro 2018, 13h43

O caso remonta há cerca de três anos quando um software developer da Google denunciou a própria empresa ao avisar que o seu serviço de fotografias tinha catalogado imagens dele e de um amigo negro como “gorilas”, o que levou a gigante tecnológica a afirmar que estava “desolada” e encontraria uma solução para o erro que merecia “genuínas desculpas”.

https://twitter.com/jackyalcine/status/615329515909156865

Na origem do inconveniente está o facto de os sistemas de Inteligência Artificial da Google não terem sido capazes de distinguir a tez escura de um ser humano da coloração de macacos, como gorilas ou chimpanzés. “A tecnologia de etiquetagem de imagens ainda é jovem e, infelizmente, não é perfeita”, defendeu um porta-voz do Google, em declarações divulgadas pelo jornal espanhol “El País”.

A Google cumpriu a promessa e terminou o ano de 2017 com a resposta a este problema no Google Images, que a estava a associar ao racismo. De acordo com a imprensa internacional, quer gorilas quer chimpanzés ou macacos desapareceram do programa de rotulagem para que não haja confusões com humanos. A revista “Wired” testou-o e ainda encontrou alguns primatas.

O tema voltou a marcar a agenda mediática depois de a H&M ter sido associada a um a campanha publicitária “racista” – e inclusive ter vindo pedir desculpas pelo sucedido. Hoje, 15 de janeiro, a multinacional sueca encerrou temporariamente as lojas na África do Sul, na sequência de uma onda de protestos.

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