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Portugal paga menos a cinco anos e mais a 10 anos para emitir mil milhões em dívida

No primeiro leilão após o intervalo do verão, o IGCP vendeu 672 milhões em obrigações a 10 anos e 328 milhões em dívida a cinco anos. A taxa paga na dívida ‘benchmark’ subiu face ao leilão anterior, mas ficou abaixo do valor atual no mercado secundário.
12 Setembro 2018, 10h46

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, o IGCP, emitiu esta quarta-feira mil milhões de euros, num leilão duplo de Obrigações do Tesouro (OT) a cinco e 10 anos, com a taxa paga face ao leilão anterior a baixar na maturidade mais curta e a subir na maturidade benchmark.

O montante máximo indicativo do primeiro leilão de dívida de médio prazo este ano era entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros.

Nas OT com maturidade a 17 de outubro de 2028 (10 anos), o Tesouro emitiu 672 milhões de euros, com uma taxa de colocação de 1,854%. O valor compara compara com os 1,727% num leilão realizado a 11 de julho. Em mercado secundário, negociavam esta quarta-feira nos 1,89%. A procura, referida como bid-to-cover, foi de 2,32 vezes a oferta, acima dos 2 vezes no leilão de junho.

Já nas Obrigações a cinco anos, o Tesouro emitiu 328 milhões de euros e pagou uma taxa de 0,647%, face aos 0,746% numa venda a 13 de junho e aos 0,711% no mercado secundário. A procura superou a oferta em 3,76 vezes, face a 2,76 vezes no leilão de julho.

Filipe Silva, diretor de gestão de ativos no Banco Carregosa, sublinhou a forte procura.  “Notámos um aumento significativo na procura dos investidores, sobretudo na emissão como prazo mais curto,  a que não será alheio o facto de apenas a Itália e a Grécia pagarem mais que Portugal para obter financiamento”.

Adiantou que as taxas saíram em linha com o que se esperava: uma ligeira descida nos 5 anos e um ligeiro aumento nos 10 anos, porque em julho houve uma subida pontual nas taxas.

“O bom desempenho da economia portuguesa tem impedido que o prémio de risco suba mas a principal conclusão destas emissões é que Portugal está a conseguir emitir dívida longa a taxas cada vez afastadas dos 2%, o que é muito benéfico para a redução do custo médio de toda a dívida”, concluiu.

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[Atualizada às 11h05]

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