O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que a “Europa tem obrigação de ir mais longe no futuro”, comentando as conclusões da reunião do Eurogrupo terminada na quinta-feira, no qual foi aprovado um pacote de apoio económico e social no valor de 540 mil milhões de euros (dos quais 4.600 milhões de euros para Portugal) para fazer face às despesas dos Estados-membros provocadas pela crise sanitária e económica da Covid-19.
O Chefe de Estado disse mesmo que o compromisso obtido pelos ministros das Finanças da zona euro foi “curto”, respondendo a uma pergunta no final da comunicação televisiva aos portugueses na qual anunciou que vai propor a prorrogação do Estado de Emergência até 1 de maio e negou que os indultos de presidiários vão abranger crimes violentos, sexuais e económicos.
“A União Europeia fez isto, que é curto, mas tem de olhar com mais atenção para lá da situação de emergência imediata e ver aquilo que é a reconstrução europeia”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, reconhecendo que os 4.600 milhões de euros são uma ajuda para o Estado português fazer face a despesas com o combate à pandemia e também com o pagamento da comparticipação nos processos de lay-off simplificado, da contribuição para os pais que tiverem de ficar em casa a acompanhar filhos menores de 12 anos devido ao adiamento da reabertura das aulas presenciais, e “outros tipos de contributos fundamentais do Estado”.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “seria grave se decorridos tantos dias a Europa não se unisse para olhar para aquilo que é urgentíssimo”, destacando que as pessoas estão a sofrer com o impacto da pandemia nos seus salários e postos de trabalho “há semanas ou, em alguns casos, há meses”. Um esforço que realçou estar a ser feito pelo Governo português, que se tem batido por um maior envolvimento da União Europeia no apoio à reconstrução da economia dos países afetados pela pandemia.
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