PS acusa Albuquerque de “abrir portas” a entendimento com o Chega e de não se interessar pela Madeira

O líder do PS Madeira, Paulo Cafôfo, disse que o atual presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, “abriu as portas” a entendimentos com o Chega. Cafôfo considerou que a candidatura de Albuquerque, pelo PSD, às eleições da Madeira de 26 de maio, serve para defender o seu “próprio interesse” e a sua “própria pele” para não responder à justiça.

Cafôfo, durante uma ação de campanha pré-eleitoral em Santa Cruz, afirmou que nas eleições regionais só há duas pessoas que podem ser presidentes que do Governo Regional da Madeira: Miguel Albuquerque ou Paulo Cafôfo.

O líder regional do PS considerou que as pessoas que queiram uma mudança na Região “não podem votar” em partidos mais pequenos como Chega, Iniciativa Liberal, PAN ou CDS-PP, porque “isso significa manterem Miguel Albuquerque na presidência do Governo Regional”.

Cafôfo sublinhou que Albuquerque admitiu não ter “linhas vermelhas” com nenhum partido, pelo que “para Miguel Albuquerque, vale tudo, mesmo que esse vale tudo signifique aliar-se ao Chega”.

O líder socialista madeirense sublinhou que Albuquerque foi “assobiado e apupado” por militantes do PSD no congresso social democrata, o que “significa que Miguel Albuquerque chegou ao fim da linha e o único motivo pelo qual ainda continua a insistir, seja na liderança do seu próprio partido, seja na liderança a que agora se candidata à Região, é o seu próprio interesse”.

Cafôfo considerou que Albuquerque “tenta salvar a sua pele para não responder à justiça”, acrescentando que o presidente do Executivo madeirense não pediu o levantamento da imunidade como Conselheiro de Estado, depois das buscas de 24 de janeiro.

“Neste momento, já não lhe interessa a Região, já não lhe interessa o seu próprio partido, o PSD. Interessa-lhe só salvar-se”, reforçou o socialista.