[weglot_switcher]

PS considera que chumbo ao OE2022 prejudica gravemente a Madeira

O presidente demissionário do PS Madeira considera que o chumbo ao Orçamento se deveu a interesses político-partidários. Paulo Cafôfo criticou também a postura do presidente do executivo madeirense devido aos ziguezagues “em busca de palco político sem atender aos interesses do povo madeirense”.
28 Outubro 2021, 08h02

O PS Madeira considera que o chumbo ao Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) se deveu a interesses político-partidários, e alerta que esta rejeição prejudica gravemente a Madeira.

“Fica claro que a não aprovação do OE por parte dos partidos que se fazem representar na Assembleia da República se deve a meros interesses político-partidários, ao invés de assegurar a estabilidade governativa para Portugal num período tão difícil das nossas vidas coletivas. O chumbo do OE levará a eleições antecipadas onde tudo se baralha, para dar de novo, na certeza de que não poderemos ficar num impasse e à mercê dos enormes desafios sociais e económicos que nos esperam. Não podemos deixar o nosso futuro suspenso em duodécimos num momento como este”, disse Paulo Cafôfo, presidente demissionário do PS Madeira.

Cafôfo sublinhou que o OE2022 apresentado pelo Governo, à Assembleia da República continha medidas que faziam “avançar o país e a região”, onde se apoios às empresas e famílias. Entre as medidas destacadas pelo socialista estiveram: a devolução de rendimentos às famílias, o maior aumento do salário mínimo de sempre, o aumento das pensões, o IRS jovem, um abono para combater a pobreza infantil, o fim dos pagamentos especiais por conta, a atualização salarial da função pública e a aposta numa agenda para o trabalho digno e o combate efetivo à pobreza.

Crise política gerada pelo chumbo ao OE prejudica a Madeira

Cafôfo considerou que a crise política que se gerou com o chumbo do OE prejudica gravemente a Madeira, e coloca em causa investimentos e apoios do Estado que são importantes para o desenvolvimento da região, como é o novo Hospital.

“A irresponsabilidade pelo chumbo do OE de 2022 fica ainda mais patente quando olhamos para o contexto económico internacional, no qual se vislumbram desafios exigentes, aos quais temos de dar resposta no curto-prazo no contexto regional, nacional e europeu”, disse o socialista.

Cafôfo sublinha que a crise da cadeia de abastecimento global e o choque energético “coloca em risco a recuperação pós-pandemia e é uma ameaça séria” ao desenvolvimento da região. “Os preços de diversos bens essenciais à nossa economia estão já em risco máximo, com atrasos nalguns fornecimentos e preços mais altos, com implicações em toda a cadeia de valor, nas empresas, no consumo e nas famílias”, acrescentou o presidente demissionário do PS Madeira.

PS critica ziguezague de Albuquerque

O presidente demissionário do PS Madeira condenou a postura do presidente do Governo da Madeira, ao referir que o governante foi “ziguezagueando em busca de palco político sem atender aos interesses do povo madeirense”.

Cafôfo sublinhou que no espaço de uma semana, “o presidente do Governo Regional afirmou de forma contundente o voto contra dos três deputados do PSD-Madeira na Assembleia da República, ambicionando uma crise política ao afirmar publicamente que a queda do governo era a melhor coisa que podia acontecer ao país. O mesmo Miguel Albuquerque mudou subitamente de opinião abrindo a porta à viabilização do orçamento, dizendo-se disponível e a aguardar um telefonema. Mas como ninguém lhe ligou, o presidente do Governo Regional volta à postura inicial num conjunto de declarações públicas desajustadas e que não enobrecem o cargo para o qual foi eleito”.

O socialista referiu que o PS sempre teve uma postura de “abertura e diálogo” em todo este processo. “Tudo fez para assegurar a estabilidade governativa, cumprindo com aquelas que eram as exigências dos diferentes partidos dentro da razoabilidade e sustentabilidade das contas públicas”, acrescentou Cafôfo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.