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PSD: “João Leão ainda não despiu o fato de secretário de Estado do Orçamento”

Sociais-democratas consideram que João Leão “está fragilizado” depois de Pedro Nuno Santos o ter “desautorizado” e de António Costa não ter vindo a terreiro defender o ministro das Finanças.
10 Outubro 2021, 18h48

O PSD deixou duras críticas ao ministro das Finanças em véspera de entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE22).

“Não temos um ministro das Finanças, temos um ministro do Orçamento e da cativação das despesas. O ministro não tem uma visão para o país sobre o sistema fiscal, a reforma das finanças públicas, a reforma da despesa pública e dos serviços públicos”, disse o  presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD em entrevista ao “Jornal de Negócios/Antena 1”.

“O ministro das Finanças ainda não se libertou do seu fato de secretário de Estado do Orçamento. É um fato mal medido. O professor João Leão foi um mau secretário de Estado do Orçamento porque nunca se preocupou com o que era importante, e se iniciou no anterior Governo em 2015, a reforma das finanças públicas”, acrescentou Joaquim Miranda Sarmento.

O social-democrata garantiu que o PSD vai votar contra o OE22, dando como justificações o facto de estar a ser negociado com o BE e PCP e por estar a seguir as “linhas dos últimos seis, que do ponto de vista economia e orçamental consideramos erradas. À data de hoje, há elevada probabilidade de voto contra do PSD”.

Na entrevista sublinhou que o PSD defende que o OE não deve agravar a carga fiscal e que até a possa desagravar. “Vamos primeiro conhecer o documento e depois avalia-lo”.

Miranda Sarmento também considera que o ministro das Finanças “está cada vez mais isolado”. “Há duas semanas vimos o ministro das Infraestruturas [Pedro Nuno Santos] a desautoriza-lo e quase a pedir a sua demissão e não vimos o primeiro-ministro a defender o ministro das Finanças”, destacou.

“O ministro está fragilizado e em nenhum Governo a fragilidade do ministro das finanças é uma coisa positiva”, disse Miranda Sarmento que considera que Pedro Nuno Santos “excedeu-se e o primeiro-ministro perdeu autoridade sobre o Governo ao não ter posto o ministro das Infraestruturas na ordem”.

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