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Putin planeia medidas de estimulo de 12 mil milhões de euros para evitar recessão

O banco central da Rússia estima que uma ordem do governo para que a maioria dos russos fiquem a trabalhar em casa durante todo o mês de abril poderá reduzir entre 1,5% a 2% o crescimento da economia este ano.
  • Vladimir Putin
10 Abril 2020, 16h17

Vladimir Putin planeia aumentar as medidas de estímulo para sustentar a economia da Rússia e assim evitar uma recessão. De acordo com fontes próximas deste plano, o presidente russo irá desbloquear 12 mil milhões de euros, conta a “Bloomberg” esta sexta-feira, 10 de abril.

Segundo as mesmas fontes, parte desta verba será destinada a subsidiar os salários dos trabalhadores que têm estado em isolamento para combater o coronavírus, disseram. O estímulo será financiado pelo aumento de empréstimos e não pelo fundo de 150 mil milhões de euros da Rússia, esclareceu uma das pessoas. Um porta-voz do governo não quis fazer comentários sobre esta situação.

Este plano é visto como um sinal claro de que Vladimir Putin está disposto a juntar-se a outros líderes mundiais para aumentar os gastos e assim evitar uma profunda recessão. A preocupação de que os preços do petróleo continuem baixos por um longo período de tempo, após uma queda de quase 50% neste ano, até agora levou o Kremlin a ser cauteloso no maneio dos fundos, apesar da crescente pressão de empresas e economistas.

Segundo a “Bloomberg” as empresas pressionam o governo há semanas para aumentar as medidas de apoio e grupos de lobby alertaram para o facto de que os estímulos insuficientes podem levar ao desemprego em massa, falências e uma profunda crise económica.

Os planos dos gastos anteriores representavam apenas cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) russo, embora as autoridades e economistas tenham exigido que 10% sejam disponibilizados. O banco central da Rússia estimou que uma ordem do governo para a maioria dos russos trabalhar em casa durante todo o mês de abril poderá reduzir de 1,5% a 2% o crescimento este ano.

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