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Quase metade das farmacêuticas já utilizam IA no processo de identificação de alvos de tratamento

Um estudo da Bain&Company revela que 40% dos executivos afirmam que já incluíram as estimativas de poupança relacionadas com IA no orçamento de 2024 e mais de metade dos inquiridos revelam que já têm metas definidas para poupança em custos ou aumentos de produtividade.
  • Foto cedida
26 Março 2024, 18h21

O sector farmacêutico tem demonstrado grande confiança na tecnologia de Inteligência Artificial (IA). De acordo com um estudo da Bain&Company, How to successfully scale generative AI in pharma, 46% das empresas no sector já utilizam IA como parte do seu processo para identificar potenciais alvos de tratamento de doenças.

Cerca de 40% dos executivos afirmam que já incluíram as estimativas de poupança relacionadas com IA no orçamento de 2024 e mais de metade dos inquiridos revelam que já têm metas definidas para poupança em custos ou aumentos de produtividade. Já 75% dos executivos consideram-na uma prioridade para as equipas de gestão.

O estudo revela ainda que 54% das empresas do sector já dispõem de soluções automatizadas de revisão da literatura biomédica.

José Viana Baptista, sócio associado da Bain&Company, afirma que “o nível, a velocidade e o sucesso da experimentação têm sido impressionantes. Mas à medida que os primeiros sucessos suscitam o interesse da organização, torna-se crítico que os executivos passem da inovação em casos isolados para programas de IA generativa integrados, que sejam capazes de ser levados à empresa no seu conjunto”.

“Os pioneiros da IA na indústria farmacêutica não se limitam a criar duas ou três provas de conceito, mas apostam em planos para, assegurando a contenção do risco, ampliar essas provas de conceito e implementá-las em escala”, sublinha a consultora.

Com a utilização de IA este sector pode aumentar a sua produtividade. A Eli Lilly, uma farmacêutica, estima ter economizado, com o uso desta tecnologia, cerca de 1,4 milhões de horas de atividade humana desde 2022. A farmacêutica revelou que com mais investimentos em IA pretende atingir os 2,4 milhões de horas até ao final do ano.

No entanto, as empresas farmacêuticas enfrentam desafios, nomeadamente o de assegurar que a organização está preparada para a introdução de IA. Para superar o desafio, a Bain&Company considera importante atuar em três frentes, no foco na estratégia, na liderança através da mudança e em construir as fundações.

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