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Quatro mil portugueses retidos no estrangeiro já pediram apoio para regressar a Portugal

Em audição no Parlamento, o ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, afirmou que grande parte dos processos já estão concluídos ou estão encaminhados, mas estima que haja ainda “algures entre dois mil a três mil portugueses” a precisar de apoio para regressar ao país.
  • Augusto Santos Silva
24 Março 2020, 12h37

O ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, anunciou esta terça-feira que cerca de quatro mil portugueses que estavam no estrangeiro solicitaram apoio para regressar a Portugal. Augusto Santos Silva disse que grande parte dos processos já estão concluídos ou estão encaminhados, mas estima que haja ainda “algures entre dois mil a três mil portugueses” a precisar de apoio para regressar ao país.

“Quanto aos portugueses que pediram apoio nos seus planos de regresso a Portugal, desde que este processo se iniciou, foram 4 mil os portugueses que solicitaram apoio ao Ministério dos Negócios Estrangeiros. Há situações em que os processos estão concluídos”, afirmou Augusto Santos Silva, em audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

Entre os portugueses no estrangeiro que já receberam ajuda estão, segundo o governante, aqueles que se encontravam na Argélia, Egito, China, Chipre, Irão, Maldivas, Marrocos, Mongólia, Panamá, Costa Rica e Polónia. Augusto Santos Silva disse ainda que a Portugal já regressaram os portugueses que se encontravam a bordo de um navio de cruzeiro nos Estados Unidos e no Japão.

Foi também dado início ao “primeiro processo de pedidos” de Singapura e Tunísia, referiu.

“Isto significa que não vínhamos a ser confrontados, num futuro próximo com novos pedidos de apoio provenientes desses países? Não. Este é um processo dinâmico”, sublinhou Augusto Santos Silva, dando como exemplo o caso dos estudantes Erasmus, para os quais foi criado um programa específico para cerca de quatro mil alunos e depois de concluído o processo houve alunos que “se queixaram de não ter sido contactados”.

“Havia mais umas centenas largas de estudantes que estavam no programa Erasmus, mas cujas instituições de origem em Portugal não tinham identificado junto da agência nacional. Tivemos de fazer uma segunda volta deste programa contactando os estudantes dessa nova lista. Assim faremos à medida que for necessários [com os portugueses retidos no estrangeiro]”, salientou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros estima que, tendo em conta os casos que já foram resolvidos e os casos pendentes, é que “algures entre dois mil e três mil portugueses viajantes ocasionais em todo o mundo e/ou estudantes estejam hoje ainda a precisar do nosso apoio para operações de regresso a Portugal”. “Essa é a minha melhor estimativa”, indicou o governante.

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