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Quatro mulheres deixaram água e comida a migrantes. Foram condenadas nos EUA

Ativistas foram condenadas por um juiz norte-americano no final da semana passada. É a primeira sentença criminal por causas humanitárias no espaço de uma década.
22 Janeiro 2019, 16h56

Um juiz federal no estado do Arizona, EUA condenou quatro mulheres por entrarem sem permissão numa reserva natural daquele estado para deixarem água e comida para os migrantes que por lá passam.

As ativistas foram condenadas na passada sexta-feira pelo juiz norte-americano Bernardo Velasco, naquela que é já considerada a primeira sentença criminal por causas humanitárias no espaço de uma década, segundo o diário britânico ”The Guardian”.

As quatro mulheres condenadas – Natalie Hoffman, Oona Holcomb, Madeline Huse e Zaachila Orozco-McCormick – eram voluntárias da ONG ”No More Deaths” (Mais mortes não, em português), que informou em comunicado que as quatro mulheres tinham como objetivo fornecer ajuda para salvar a vidas dos migrantes presentes naquela reserva.

O grupo que luta contra as péssimas condições dos imigrantes ilegais que atravessam o deserto junto à fronteira entre os Estados Unidos e o México, manifestou-se na rede social Twitter e informou que a sentença será anunciada esta semana.

Natalie Hoffman foi considerada culpada por conduzir um veículo no interior da reserva nacional Cabeza Prieta (Arizona) e por ter entrado na zona federal protegida, sem permissão, para deixar cântaros de água e enlatados, em agosto de 2017. As restantes activistas foram condenadas por entrarem na reserva natural sem autorização e por lá deixarem bens pessoais.

Todos os anos centenas de migrantes morrem e outros tantos são resgatados pelas patrulhas de controlo fronteiriço ao tentarem chegar aos Estados Unidos. Segundo a agência ”Reuters”, o deserto de Sonora, que atravessa o Arizona, é um dos locais de travessia mais mortíferos.

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