Um juiz federal no estado do Arizona, EUA condenou quatro mulheres por entrarem sem permissão numa reserva natural daquele estado para deixarem água e comida para os migrantes que por lá passam.
As ativistas foram condenadas na passada sexta-feira pelo juiz norte-americano Bernardo Velasco, naquela que é já considerada a primeira sentença criminal por causas humanitárias no espaço de uma década, segundo o diário britânico ”The Guardian”.
As quatro mulheres condenadas – Natalie Hoffman, Oona Holcomb, Madeline Huse e Zaachila Orozco-McCormick – eram voluntárias da ONG ”No More Deaths” (Mais mortes não, em português), que informou em comunicado que as quatro mulheres tinham como objetivo fornecer ajuda para salvar a vidas dos migrantes presentes naquela reserva.
(THREAD) #NoMoreDeaths statement on today's conviction:
— No More Deaths | No Más Muertes (@NoMoreDeaths) January 19, 2019
Federal Magistrate Judge Velasco issued a guilty verdict in this week's case against 4 NMD aid volunteers, convicting them on all charges. A date for sentencing will be set within 10 days. #HumanitarianAidIsNeverACrime pic.twitter.com/GtZI63KjzD
O grupo que luta contra as péssimas condições dos imigrantes ilegais que atravessam o deserto junto à fronteira entre os Estados Unidos e o México, manifestou-se na rede social Twitter e informou que a sentença será anunciada esta semana.
Natalie Hoffman foi considerada culpada por conduzir um veículo no interior da reserva nacional Cabeza Prieta (Arizona) e por ter entrado na zona federal protegida, sem permissão, para deixar cântaros de água e enlatados, em agosto de 2017. As restantes activistas foram condenadas por entrarem na reserva natural sem autorização e por lá deixarem bens pessoais.
Todos os anos centenas de migrantes morrem e outros tantos são resgatados pelas patrulhas de controlo fronteiriço ao tentarem chegar aos Estados Unidos. Segundo a agência ”Reuters”, o deserto de Sonora, que atravessa o Arizona, é um dos locais de travessia mais mortíferos.
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