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Receitas de entretenimento e media caíram 0,7% este ano para 6,3 milhões de euros

As projeções da consultora PwC apontam para um aumento da despesa nesta área na ordem dos 8,5% em 2021. O maior tombo na faturação foi registado no cinema, mas também o mercado da sétima arte deverá crescer já no próximo ano.
24 Setembro 2020, 19h33

A pandemia acelerou a transição digital dos consumidores mundiais e marcou uma mudança disruptiva, quer positivamente quer negativamente, nos diversos meios de comunicação. O mercado do entretenimento e media (E&M) está mais virtual, remoto, pessoal e, pelo menos por enquanto, com os cofres mais vazios, segundo as conclusões de um estudo da PricewaterhouseCoopers (PwC).

De acordo com os cálculos da consultora, Portugal registou uma redução das receitas neste setor, entre 2019 e 2020, de 0,7% – ainda assim uma percentagem inferior à queda das receitas globais, de 5,6%.

Porém, há comportamentos distintos consoante os segmentos. Por exemplo, a subscrição de video-on-demand aumentou 35% no país e ultrapassou o valor das vendas de bilheteira de cinema, estimando-se que continuar a crescer até 2024 a 17,5% ao ano.

“O impacto da Covid-19 atingiu com força o setor de E&M em Portugal, mas trouxe consigo um conjunto de mudanças positivas: a transição dos consumidores para soluções digitais e uma rápida adaptação e maior flexibilidade dos meios de comunicação. Com este estudo, conseguimos ver que, embora 2020 seja sinónimo de uma quebra acentuada para o setor, a recuperação económica será feita de forma gradual, mas consistente, já a partir do próximo ano, para a maioria dos segmentos analisados”, afirma Pedro Deus, partner da PwC Portugal.

É o caso da sétima arte, onde as receitas caíram cerca de 62% só entre 2019 e 2020. Contudo, espera-se que voltem a subir já em 2021 e que atinjam os de 6,7 milhões de euros.

Aliás, as projeções da consultora para o próximo ano apontam para um aumento da despesa em E&M de 8,5% a nível nacional e 6,4% globalmente. Já entre 2019 e 2024, antecipam um crescimento mundial das receitas a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 6,2% em Portugal e de 2,8% a nível global.

O sócio da PwC responsável por Tecnologia, Media e Telecomunicações diz que, à medida que os cidadãos regressam ao ‘novo normal’, observa-se a migração digital no setor. “Devemos começar a perceber como estas novas formas de consumo poderão trazer novas oportunidades, já no curto-médio prazo, e como poderão os meios de comunicação tirar maior proveito das mesmas”, sugere o especialista.

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