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Primeiro-ministro regressa ao Parlamento com vários temas quentes na agenda

O debate de hoje no Parlamento deverá ser um dos mais complicados para António Costa na legislatura em curso. Desde o caso de Tancos até à deslocalização do Infarmed, passando pela substituição da procuradora-geral da República e pelos protestos dos taxistas, abundam as matérias problemáticas. Orçamento do Estado poderá servir de escapatória.
26 Setembro 2018, 07h45

O misterioso caso do furto de armamento na base militar de Tancos voltou a irromper na agenda política, na sequência das detenções de ontem do diretor da Polícia Judiciária Militar e do chefe do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Loulé, entre vários outros suspeitos. O falhanço da anunciada deslocalização do Infarmed de Lisboa para o Porto aumenta a pressão sobre o ministro da Saúde e causa incómodo ao primeiro-ministro António Costa, criticado e responsabilizado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira.

A não recondução de Joana Marques Vidal no cargo de procuradora-geral da República também é alvo de críticas, embora limitadas ao CDS-PP e parte do PSD. Ao que acrescem os protestos em curso dos taxistas e, nesse caso, a contestação ao Governo vem do PCP e do BE.

Entre outras matérias problemáticas para o primeiro-ministro, no debate quinzenal de hoje no Parlamento, o primeiro desde a interrupção dos trabalhos para férias. Com a negociação do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) em pano de fundo, Costa poderá anunciar novidades nesse âmbito, desviando o debate para um terreno mais favorável. Mas dificilmente deverá escapar a uma bateria de perguntas sobre as referidas matérias problemáticas, desde logo por parte do PSD e do CDS-PP.

Quanto aos partidos mais à esquerda, o BE não deixará de aproveitar para sublinhar algumas reivindicações no âmbito do OE2019, nomeadamente a taxa sobre a especulação imobiliária, o investimento público ou a integração de trabalhadores precários na Administração Pública. Enquanto o PCP voltará a defender um aumento do salário mínimo nacional acima do previsto e a redução de taxas na eletricidade e combustíveis.

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