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Respostas Rápidas: porque é que Nikki Haley deixou a ONU?

Representante da administração de Donald Trump nas Nações Unidas foi um dos pilares da Casa Branca na defesa dos seus avatares diplomáticos, muitas vezes ao arrepio de praticamente todos os outros países da organização.
9 Outubro 2018, 17h00

Porque é que Nikki Haley deixou a representação dos Estados Unidos na ONU?

Ninguém a não ser a própria parece saber, ou descobrir uma boa razão. É certo que Haley foi por vezes crítica das decisões diplomáticas do presidente Donald Trum, tendo mesmo chegado a criticá-lo com alguma dureza durante a campanha presidencial à Casa Branca – altura em que apoiou primeiro Marco Rubio e depois Ted Cruz. Mas, desde que foi escolhida para o cargo que agora deixa, defendeu sempre as posições da Casa Branca. “Foi uma bênção estar todos os dias nas Nações Unidas com coletes à prova de balas para defender os Estados Unidos”. Alguns jornais especulavam que Haley podia estar a abandonar a administração Trump porque acalentava o sonho de uma candidatura pessoal à presidência do país, mas, já hoje, a ainda representante dos Estados Unidos na ONU voltou a negar essa vontade e prestou público comprometimento com a recandidatura de Trump em 2020.

 

Trump mostrou-se agastado com a decisão?

Não. E ao contrário de outras decisões semelhantes, Trump insistiu em que Nikki Haley comunicasse oficialmente a sua decisão na Sala Oval, sentada ao seu lado. O comprometimento e a cumplicidade entre ambos parecia ser total e sincera e Trump afirmou que a convidaria para regressar mal percebesse que haveria interesse nisso da parte de Haley. ”Ela fez um trabalho fantástico”, declarou Trump – que conhecia a decisão há seis meses.

 

Que fazia Nikki Haley antes de ir para a ONU?

Era governadora da Carolina do Sul, tendo sido a primeira mulher a ocupar o cargo.

 

Quais foram os dossiês mais difíceis que passaram pelas mãos de Nikki Haley?

O mais difícil terá sido o da Coreia do Norte – na fase em que os Estados Unidos ameaçavam invadir o lado norte da península para acabar com o regime. A decisão do presidente Trump de conceder a figura de capital política de Israel a Jerusalém foi também muito difícil de gerir por parte de Heley, que viu a quase totalidade do hemiciclo manifestar-se contra a decisão. O terceiro momento tormentoso para a representante dos Estados Unidos na ONU deu-se quando Trump decidiu retirar o país do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

 

Alguma vez Nikki Haley quebrou a confiança que a Casa Branca nela depositava?

Não, pelo menos que se saiba – ou que os jornais norte-americanos tenham averiguado, mesmo com o recurso a fontes anónimas. O único sinal de ‘stress’ entre Haley e a Casa Branca surgia quando a representante da Casa Branca não tinha como indicar aos países amigos dos Estados Unidos qual seria o passo seguinte de Donald Trump em determinados dossiês.

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