Porque é que Nikki Haley deixou a representação dos Estados Unidos na ONU?
Ninguém a não ser a própria parece saber, ou descobrir uma boa razão. É certo que Haley foi por vezes crítica das decisões diplomáticas do presidente Donald Trum, tendo mesmo chegado a criticá-lo com alguma dureza durante a campanha presidencial à Casa Branca – altura em que apoiou primeiro Marco Rubio e depois Ted Cruz. Mas, desde que foi escolhida para o cargo que agora deixa, defendeu sempre as posições da Casa Branca. “Foi uma bênção estar todos os dias nas Nações Unidas com coletes à prova de balas para defender os Estados Unidos”. Alguns jornais especulavam que Haley podia estar a abandonar a administração Trump porque acalentava o sonho de uma candidatura pessoal à presidência do país, mas, já hoje, a ainda representante dos Estados Unidos na ONU voltou a negar essa vontade e prestou público comprometimento com a recandidatura de Trump em 2020.
Trump mostrou-se agastado com a decisão?
Não. E ao contrário de outras decisões semelhantes, Trump insistiu em que Nikki Haley comunicasse oficialmente a sua decisão na Sala Oval, sentada ao seu lado. O comprometimento e a cumplicidade entre ambos parecia ser total e sincera e Trump afirmou que a convidaria para regressar mal percebesse que haveria interesse nisso da parte de Haley. ”Ela fez um trabalho fantástico”, declarou Trump – que conhecia a decisão há seis meses.
Que fazia Nikki Haley antes de ir para a ONU?
Era governadora da Carolina do Sul, tendo sido a primeira mulher a ocupar o cargo.
Quais foram os dossiês mais difíceis que passaram pelas mãos de Nikki Haley?
O mais difícil terá sido o da Coreia do Norte – na fase em que os Estados Unidos ameaçavam invadir o lado norte da península para acabar com o regime. A decisão do presidente Trump de conceder a figura de capital política de Israel a Jerusalém foi também muito difícil de gerir por parte de Heley, que viu a quase totalidade do hemiciclo manifestar-se contra a decisão. O terceiro momento tormentoso para a representante dos Estados Unidos na ONU deu-se quando Trump decidiu retirar o país do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Alguma vez Nikki Haley quebrou a confiança que a Casa Branca nela depositava?
Não, pelo menos que se saiba – ou que os jornais norte-americanos tenham averiguado, mesmo com o recurso a fontes anónimas. O único sinal de ‘stress’ entre Haley e a Casa Branca surgia quando a representante da Casa Branca não tinha como indicar aos países amigos dos Estados Unidos qual seria o passo seguinte de Donald Trump em determinados dossiês.
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