[weglot_switcher]

Respostas Rápidas: Qual o destino dos seis mil milhões para o turismo?

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital apresentou o plano de relançamento do turismo esta sexta-feira, avaliado em mais de seis mil milhões de euros. Estas são as áreas de atuação em que o dinheiro para o turismo se vai desdobrar.
21 Maio 2021, 17h45

O Executivo apresentou esta sexta-feira, 21 de maio, o plano para acelerar a recuperação do turismo em 2021, com o intuito de regressar aos níveis verificados em 2019, atualmente fixado como o melhor ano em termos de receita e de visitantes para o país.

Pedro Siza Vieira assumiu então que o Governo vai disponibilizar seis mil milhões de euros para relançar o turismo durante o presente ano. O investimento na atividade económica que mais foi impactada pelo vírus SARS-CoV-2 vai ser realizado “no sentido de preservação, capacidade produtiva e da proteção do emprego” para que quando a procura comece a ser retomada, Portugal esteja pronto para recuperar da significativa quebra sentida em 2020 e início de 2021.

Como se vão desdobrar os seis mil milhões?

O plano do Governo foca-se em quatro pilares de ação: apoiar as empresas, fomentar a segurança, gerar negócio e construir o futuro.

O primeiro visa “apoiar no imediato as empresas ao nível financeiro” com recurso a instrumentos flexíveis e adaptados às exigências vividas. O segundo pilar pretende que Portugal mantenha o terceiro lugar na lista mundial de países mais seguros para viver e visitar, focando-se nas “novas necessidades dos turistas” e na preparação das empresas para estas necessidades, estimulando a comunicação.

O terceiro pilar tem dois eixos, com o Governo a pretender gerar negócio a curto e a médio e longo prazo, estimulando os mercados e informando os consumidores para facilitar a compra. O último pilar tem como base acelerar a construção do turismo num futuro mais inteligente, responsável e sustentável.

Na medidas já programadas pelas entidades responsáveis pelo turismo, em plena parceria com o Executivo, apresenta-se a preservação do potencial produtivo e do emprego com o Banco Português do Fomento (BPF) a disponibilizar três mil milhões de euros para a capitalização das empresas, refinanciamento e reescalonamento da dívida pré-Covid e da linha de crédito com garantia para financiamento das necessidades de tesouraria.

A este valor soma-se 300 mil de euros para a estratégia operacional para uma rede de apoio ao empresário e programa de mentoria.

De forma a garantir a segurança na atividade turística, o Executivo apresenta o selo Clean&Safe 2.0, o programa Seamless Travel e o Adaptar 2.0, no qual o Turismo de Portugal (TdP) vai investir 240 mil de euros e o BPF disponibiliza 10 milhões de euros. De forma a estimular os consumidores, o Executivo vai criar uma campanha que visa a adoção de comportamentos seguros ao nível sanitário e também o Health Passport 2.0 (passaporte sanitário), onde o TdP vai colocar 150 mil euros.

Para gerar negócio – o terceiro pilar de atuação – vai desenvolver-se a competitividade do destino com o programa “Internacionalizar Turismo”, um programa de reforço da capitalização do trade internacional, Portugal Events e o reforço de parcerias com a contratualização de promoção externa. A este eixo, o EdP vai entregar 115,40 milhões de euros e de 135 milhões do PT2030. Ao segundo, focado na mobilidade e em repor a capacidade aérea, o TdP vai dispor de 27,5 milhões de euros.

De forma a estimular a procura, com campanhas internas e internacionais, o novo portal VisitPortugal, o IVAucher – cujo lançamento é a 1 de junho, desenvolvimento de novas plataformas e o fomento de ofertas comerciais, o TdP vai entregar 39,67 milhões de euros, o OE dispõe de 200 milhões, o PT2020 coloca dois milhões, o PT2030 um total de 50,78 milhões.

A construção do futuro inclui medidas de reforço do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas, obrigações do turismo, programa de acesso das PME ao mercado de capitais, fundo para a concentração de empresas e um fundo para a internacionalização das empresas do turismo, bem como a formação de trabalhadores e a capacitação de gestores, e ainda programas tecnológicos como o Fostering Innovation in Tourism 2.0, Rising Stars para startups e o hub NEST.

Fazendo as contas, o eixo “Apoiar as Empresas” conta com uma dotação de três mil milhões de euros, o “Fomentar Segurança” de 10,39 milhões de euros, o “Gerar Negócio” contabiliza um total de 570,35 milhões e o “Construir Futuro” conta uma dotação total de 2.531 mil milhões de euros.

Assim, o plano apresentado por Siza Vieira contabiliza 6.112 mil milhões de euros. Destacando o financiamento das entidades, o TdP soma 423,71 milhões, o Orçamento do Estado para 2021 entrega 200 milhões, o BPF emprega 4.075 mil milhões, o PT2020 contabiliza quatro milhões, o PT2030 entra com 1.049 mil milhões e o Industrial Forum soma 360 milhões de euros.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.