[weglot_switcher]

Revolut agrava prejuízos para 196 milhões de euros mas dispara receitas em 2020

A fintech britânica teve um substancial aumento no lucro bruto, para 144 milhões de euros. No relatório e contas divulgado esta segunda-feira, o unicórnio dos pagamentos digitais admite a rentabilidade a longo prazo.
21 Junho 2021, 14h41

A Revolut viu o prejuízo aumentar para 168 milhões de libras (cerca de 196 milhões de euros) no ano passado, apesar do ímpeto que o negócio das suas 30 criptomoedas deu à fintech britânica.

A empresa sofreu com a pandemia, que reduziu o volume de pagamentos logo em meados de março, mas devido ao crescimento dos pagamentos digitais conseguiu atingir os 14,5 milhões de clientes de retalho e dar gás à receita ajustada em 57%, para as 261 milhões de libras (aproximadamente 305 milhões de euros).

A par dos novos clientes da app, esteve uma estratégia de desenvolvimento de produto e de controlo de custos – ainda assim, de 266 milhões de libras (310 milhões de euros) – que compensou as perdas. Houve ainda um crescimento em subscrições, investimentos e negociação, que foi suficiente para a Revolut alcançar um lucro operacional ajustado em novembro e dezembro de 2020.

No relatório divulgado esta segunda-feira, o unicórnio dos pagamentos digitais admite a rentabilidade a longo prazo, até porque o lucro bruto subiu para 123 milhões de euros (na ordem dos 144 milhões de euros) e a margem bruta melhorou 24 pontos percentuais, para os 49%, em 2020. Assim, as perdas operacionais, ajustadas trimestralmente, diminuíram par 6 milhões de libras (7 milhões de euros) no quarto trimestre.

“As circunstâncias extraordinárias de 2020 criaram uma maior tendência para a gestão financeira a partir de plataformas digitais, e continuamos a inovar para facilitar a vida aos nossos clientes. Lançámos 24 novos produtos de retalho e corporativos, expandimos para os Estados Unidos, Japão e Austrália e lançámos serviços bancários na Lituânia, ao mesmo tempo que aumentamos significativamente a nossa rentabilidade”, disse o fundador e CEO da Revolut.

“Começámos 2021 com um negócio mais resiliente e produtivo que irá melhorar a nossa trajetória rumo ao crescimento exponencial”, garante Nikolay Storonsky.

Em termos de subscrições, os assinantes dos planos pagos metal e premium aumentaram 51%, ultrapassando o crescimento geral de clientes, e a proporção de novos clientes que fazem a atualização as mensalidades cresceu três pontos percentuais para 14%. Já o saldo dos clientes aumentou 96%, para 4,6 mil milhões de libras (5,4 mil milhões de euros), com os depósitos médios a aumentarem mais de 30%.

“A Revolut entrou na sua próxima fase de crescimento em 2020. Ampliámos a nossa presença global, fortalecemos a nossa base de capital, melhorámos a nossa governance e reforçámos a equipa de gestão executiva. Estes desenvolvimentos ajudam a consolidar uma plataforma sólida a partir da qual podemos lançar novos produtos que respondam às necessidades da nossa base de clientes, em rápido crescimento”, concluiu o presidente da multinacional, Martin Gilbert.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.