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Rio na liderança da banca parlamentar do PSD

 O presidente do PSD, Rui Rio, manifestou hoje a intenção de liderar a bancada parlamentar do partido até à realização do próximo Congresso Nacional em fevereiro.
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    Tiago Petinga/Lusa
21 Outubro 2019, 21h37

Numa sala cheia de militantes, no Porto, o líder do maior partido da oposição explicou que, no seu entendimento, a liderança do novo Grupo Parlamentar do PSD deve estar “em consonância com o presidente do partido entretanto eleito”, afirmando que nunca fará aos outros o que lhe fizeram.

“Por isso, assumirei eu próprio a liderança da bancada, de molde a que o novo líder parlamentar seja apenas escolhido em definitivo após a realização do próximo Congresso Nacional”, revelou.

Segundo Rui Rio, esta é uma situação de exceção ditada pela proximidade desse mesmo congresso, após o qual marcará a sua participação na Assembleia da República, “fundamentalmente nos grandes debates nacionais”.

“Se é certo que em situações pontuais de particular relevância, o líder da oposição poderá aproveitar o plenário da Assembleia para marcar de forma mais clara a sua posição, também não é menos certo que não é a ele que compete alimentar o quotidiano parlamentar”, acrescentou.

A solução de acumular a presidência do partido com a liderança da bancada não é inédita no PSD, tendo já acontecido com Francisco Sá Carneiro e Fernando Nogueira.

No fecho do discurso, o presidente do PSD deixou claro que se candidata “por espírito de missão e com total desprendimento”, cabendo agora aos militantes “decidir sobre o futuro” do partido.

“Aceitarei qualquer resultado com a tranquilidade de, em ambas as circunstâncias, ter cumprido o meu dever para com o partido, com o país e com a minha própria consciência”, rematou.

Rui Rio anunciou hoje que se recandidata ao cargo de líder do PSD, duas semanas depois de, na noite eleitoral de 6 de outubro, ter dito que ia avaliar com “calma e ponderação” o seu futuro político.

O presidente do PSD é o terceiro candidato assumido à liderança do partido, depois de, em 09 de outubro, três dias depois das eleições, o antigo líder parlamentar Luís Montenegro ter anunciado a sua candidatura nas próximas diretas, e, na passada sexta-feira, o antigo líder da distrital de Lisboa Miguel Pinto Luz também ter avançado para esta disputa.

Uma vez que o próximo Conselho Nacional do PSD se irá realizar já na próxima legislatura, já não terão assento na reunião de Bragança – nem sequer como observadores – deputados que têm sido críticos de Rio, casos de Hugo Soares, Miguel Morgado, Maria Luís Albuquerque, Carlos Abreu Amorim, Teresa Morais ou Paula Teixeira da Cruz.

O Conselho Nacional do PSD vai reunir-se em 08 de novembro num hotel em Bragança, confirmou hoje à Lusa o secretário-geral do partido, José Silvano.

Nas legislativas de 06 de outubro, o PSD obteve 27,7% dos votos (correspondentes a 79 deputados), contra 36,3% do PS (108 deputados).

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