A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, disse que o partido sabia que que “seria um caminho sem saída” as tentativas de negociar o Orçamento do Estado para 2022 com o Governo.
À margem da sua reunião com a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses — Intersindical Nacional (CGTP) Catarina Martins comentou as negociações com o Governo depois de o partido da ter anunciado que vai votar contra o próximo Orçamento.
“Sabíamos que isso seria um caminho sem saída, nesta altura e face aos tempos em que o próprio governo decidiu negociar o Orçamento do Estado”, disse Catarina Martins acrescentando que o partido “limitou as propostas a uma área mais pequena para tentar entendimento”.
Segundo a bloquista, “as nove propostas [do partido] foram recusadas” pelo Governo. “Nalguns casos há contra propostas, mas que ou são para aplicar só daqui a muito tempo ou então de uma aplicação muito reduzida e simbólica, sem efeitos concretos. O Governo assume que não aceita uma das propostas que o Bloco de Esquerda faz”, acrescenta.
Catarina Martins recordou ainda que “o Governo afirmou que o Bloco de Esquerda tem críticas ao Orçamento do Estado maiores do que as nove propostas que faz” e admitiu ser verdade, sendo que o partido não está disposto a ceder em “medidas tão importantes” para o BE “como a baixa do IVA da energia ou uma prestação social que garanta que ninguém fica abaixo do limiar de pobreza”.
Além do Bloco de Esquerda também o PSD, Iniciativa Liberal, CDS-PP e PCP admitem votar contra o OE2022 apresentado pelo ministro das Finanças, João Leão. O PAN vai abster-se e se tudo se mantiver o próximo Orçamento poderá não ser aprovado, uma vez que o documento não conseguiria ser viabilizado apenas com votos a favor do PS e abstenção do PAN.
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