A S&P baixou esta sexta-feira, 12 de agosto, a notação de crédito da Ucrânia para “SD”, ou incumprimento “seletivo”, o último nível antes do incumprimento de pagamentos, devido à moratória sobre a sua dívida externa obtida na quarta-feira.
“Dados os termos e condições anunciados da reestruturação, e de acordo com os nossos critérios, consideramos esta transação (…) equivalente a um incumprimento”, disse a S&P num comunicado.
Os credores internacionais concederam à Ucrânia uma moratória de dois anos para a sua dívida externa, avaliada em 20.000 milhões de dólares (cerca de 19.500 milhões de euros).
As notações da dívida em moeda estrangeira a longo e curto prazo são rebaixadas de CC/C para SD.
Tal como com outras notações, a agência não fornece qualquer perspetiva indicando se planeia aumentar, diminuir ou manter a notação.
Um país é considerado em incumprimento quando é incapaz de honrar os seus compromissos financeiros com os seus credores, que podem ser governos, instituições financeiras (Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, etc.) ou investidores nos mercados financeiros e diz-se que um incumprimento é parcial quando o Estado não reembolsa parte das suas obrigações.
Um grupo de credores ocidentais incluindo a França, os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão e o Reino Unido acordaram em 20 de julho um adiamento do pagamento dos juros da dívida da Ucrânia na sequência de um pedido de Kiev, exortando outros detentores de obrigações a fazer o mesmo.
A economia da Ucrânia entrou em colapso desde o início da guerra com a Rússia em 24 de fevereiro e pode ver o seu Produto Interno Bruto (PIB) cair 45% este ano, de acordo com as últimas estimativas do Banco Mundial de junho.
O adiamento do pagamento de obrigações pela Ucrânia poderia poupar-lhe pelo menos 3.000 milhões de dólares (2.923 milhões de euros) em dois anos, de acordo com cálculos da Bloomberg.
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