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Startup portuguesa quer alterar modo de recrutar em tecnologia

Nova plataforma online destinada a “contractors” chega em outubro e chamar-se-á “Landing.work”. Pedro Oliveira, cofundador da empresa por trás desta marca, refere ao Jornal Económico que o lançamento surgiu depois dE perceber que “Mais de 50% dos trabalhadores de TI em Portugal trabalham em regime de outsourcing e/ou staffing”.
27 Junho 2019, 10h15

A startup portuguesa Landing.jobs inspirou-se no modelo internacional e pretende que o modelo de trabalho de “contractors” se instale em Portugal, onde ainda não é tão comum como em países como o Reino Unido, por exemplo. De olhos postos no futuro da contratação tecnológica, a empresa vai lançar uma plataforma online designada “Landing.work” cujo objetivo inicial é chegar aos (potenciais) contractors a nível nacional, ajudá-los a assumir mais controlo da carreira e, assim, torná-los independentes das empresas de staffing ou outsourcing.

“Mais de 50% dos trabalhadores de TI em Portugal trabalham em regime de outsourcing e/ou staffing. Esta solução digital vem, assim, «cortar» a relação com o intermediário e agilizar a relação de trabalho entre empresas e contractors”, explica Pedro Oliveira, cofundador da Landing.jobs, ao Jornal Económico.

O empresário considera que o mercado de Recursos Humanos e headhunting em Portugal é “bastante tradicionalista”, mas acredita que as empresas de estabelecidas começam a tentar “abraçar novas formas de gestão de talento, como por exemplo os contractors, e de digitalização dos seus processos de recrutamento”. “Vemos empresas, como o Millennium bcp e EDP a aproximarem-se para nos pedir conselhos, e isso é excelente”, refere ainda ao jornal.

Mas, afinal, o que são contractors? Não são trabalhadores em regime de outsourcing nem freelancers, mas têm características destes dois tipos de colaboradores. Na prática, é um modelo de laboral mais flexível, ao qual as organizações recorrem, por exemplo, quando estão com volumes de trabalho mais elevados ou durante um período tempo, para projetos especiais internos. Os direitos nem sempre são os mesmos do que outro trabalhador (na questão das férias, por exemplo), mas a saúde e a segurança têm de ser assegurados pelos empregadores. Contudo, ao contrário dos freelancers, não podem exercer vários trabalhos para diferentes ‘patrões’.

A nova marca da Landing.jobs – que mediará também pagamentos e apoiará a gestão das empresas unipessoais – vai ser lançada em outubro de 2019 para quem fez um pré-registo e a janeiro de 2020 para o público em geral. “Dispensando uma série de intermediários e ligando o talento diretamente com o cliente, pretende-se que todo o mercado se torne mais eficiente. Possibilidade de auferir salários mais altos e flexibilidade para escolher clientes e projetos são algumas das vantagens apresentadas”, defende a empresa.

Como funcionará a plataforma?

  • O(A) interessado(a) candidata-se à comunidade Landing.work – que posteriormente a avaliará com base em três vertentes (conhecimentos técnicos, de inglês e soft skills)
  • Se for aceite, é integrado(a) na plataforma
  • A partir desse momento, passa a poder candidatar-se a qualquer projeto que se enquadre no seu perfil

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