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Suspensões de António Mexia e Manso Neto já fazem eco na imprensa internacional

A agência “Reuters” e o jornal espanhol “Expansión” publicaram artigos sobre o reforço das medidas de coação pedidas pelo Ministério Público, no âmbito do ‘caso EDP’, ao juiz Carlos Alexandre, que decretou a suspensão de funções de António Mexia e Manso Neto da liderança da EDP e da EDP Renováveis.
6 Julho 2020, 19h28

As suspensões com efeitos imediatos de António Mexia e de João Manso Neto da liderança da EDP e da EDP Renováveis (EDPR), respectivamente, já estão a fazer eco na imprensa internacional.

A “Reuters” e o jornal espanhol “Expansión” publicaram um artigo sobre a suspensão de funções dos dois presidentes executivos das principais empresas do Grupo EDP, que foi hoje decretada pelo juiz Carlos Alexandre, a pedido do reforço das medidas de coação pelo Ministério Público aos arguidos do ‘caso EDP’.

Além de fazerem menção às medidas de coação impostas aos dois gestores — prestação de uma caução de um milhão de euros, proibição de sair do país, interdição de entrar nos edifícios do Grupo EDP e de contactar com outros arguidos do processo —, abordam ainda a suspensão da negociação das ações da EDP e da EDPR decretada esta tarde pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

O Jornal Económico noticiou que António Mexia e João Manso Neto já foram notificados da decisão judicial e que o CFO da EDP, Miguel Stilwell d’Andrade deverá suceder a António Mexia como CEO interino da empresa. O advogado de João Manso Neto revelou ao Jornal Económica que a defesa vai apresentar recurso da decisão do juiz Carlos Alexandre.

Além dos gestores da EDP, o processo tem mais três arguidos: o ex-ministro da Economia do Governo de José Sócrates, Manuel Pinho, o administrador da REN e antigo consultor de Pinho, João Faria Conceição — que terá de pagar uma caução de cerca de 500 mil euros —, e Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas.

A investigação sobre as rendas excessivas de energias iniciou-se há oito anos, mas António Mexia e João Manso Neto foram constituídos como arguidos no processo há três anos, em junho de 2017.

Como avançou o Jornal Económico na altura, os dois gestores eram inicialmente suspeitos de corrupção ativa e passiva, bem como participação económica em negócio, tendo sido posteriormente acusados.

No âmbito do inquérito dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal estava em investigação factos subsequentes ao processo legislativo bem como aos procedimentos administrativos relativos à introdução no setor elétrico nacional dos Custos para Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), uma compensação relativa à cessação antecipada de contratos de aquisição de energia.

https://jornaleconomico.pt/noticias/respostas-rapidas-de-que-sao-acusados-mexia-e-manso-neto-e-o-que-diz-a-defesa-610030

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