TAP. Pedro Nuno Santos quer CEO interino em “breve” e garante que Antonoaldo Neves está de saída

O ministro das Infraestruturas espera que a TAP escolha em “breve” o presidente executivo interino que vai ficar a liderar a empresa até ser escolhido o novo líder definitivo.

“Tem que ser a breve prazo. Todos compreendem isso “, disse hoje Pedro Nuno Santos no Parlamento em declarações aos jornalistas.

Questionado se o atual presidente executivo da empresa, Antonoaldo Neves, poderá ficar no cargo até ser escolhido o CEO definitivo, o ministro rejeitou essa hipótese.

“Essa questão não se coloca, já foi clarificada, ninguém compreenderia”, garantiu.

O ministro anunciou a 2 de julho que o atual presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, iria sair no “imediato”.

“Uma das condições [do acordo entre Estado e privados] é a substituição imediata do CEO. No imediato, o CEO terá de ser substituído”, afirmou.

Na altura, o ministro anunciou que uma “equipa de transição” iria “assumir funções”, mas apontou na altura que não existiam “condições para que entre em funções nas próximas semanas”.

Pedro Nuno Santos explicou no início de julho que não faria sentido que Antonoaldo Neves ficasse no cargo devido à saída do empresário norte-americano David Neeleman, responsável pela escolha do CEO.

“A questão é evidente: há a saída de um dos principais acionistas da TAP, que era o responsável pela escolha desta comissão executiva por isso é difícil de explicar que o atual CEO da TAP se manteria, mas não estou a falar de mais ninguém na comissão executiva”, justificou, não conseguindo avançar se os restantes membros vão ficar no cargo no futuro. A comissão executiva é constituída por mais dois vogais: David Pedrosa e Raffael Quintas.

Questionado sobre se Antonoaldo Neves iria ter direito a algum tipo de prémio ou indemnização devido à sua saída, o ministro garantiu que não.

“Não há nenhuma cláusula especial. Naturalmente, terá direito aquilo que qualquer trabalhador de uma empresa no momento de interrupção do seu contrato tem”, respondeu.

O ministro também anunciou na altura que o Governo iria contratar uma empresa com o objetivo de escolher uma “equipa de gestão profissional” especialista no setor da aviação para a comissão executiva da companhia.

“O Estado não vai gerir a TAP,  vai ser contratada uma equipa. Vai ser feito um processo de seleção tal como normalmente é feito por um acionista privado. É uma empresa que tem no quadro do seu trabalho procurar uma equipa qualificada para gerir a TAP”, disse então Pedro Nuno Santo.

O Estado passou este mês a deter 72,5% da empresa, com o empresário Humberto Pedrosa a deter 22,5%, e os trabalhadores a ficarem com 5% do capital. O Governo teve de pagar 55 milhões de euros ao empresário norte-americano David Neeleman para comprar os seus 22,5%.

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