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“Temos que criar condições para que as pessoas possam ter salários adequados às suas qualificações”, diz Siza Vieira

Em entrevista ao Jornal Económico, ministro Adjunto e da Economia disse esperar que o aumento do investimento em Portugal ajude “a poder subir os salários da nossa população”.
  • Tiago Petinga/Lusa
22 Abril 2019, 07h40

O ministro Adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, aponta que o principal problema identificado pelos empresários é a disponibilidade de mão-de-obra com as qualificações adequadas aos novos desafios da economia portuguesa.

“A geração com menos de 35 anos tem qualificações completamente alinhadas com o resto da Europa. As gerações mais velhas não tiveram as mesmas oportunidades de ir estudar, de ter as qualificações que os nossos jovens tiveram”, salientou Pedro Siza Vieira em entrevista ao Jornal Económico. “Tivemos que fazer um grande investimento na requalificação dos nossos ativos para que estes processos de crescimento e inovação não excluam as pessoas de poder participar, de ter melhores oportunidades de empregos e de realização pessoal e profissional”.

Questionado se a procura de engenharia muito qualificada em Portugal é assente em níveis de remuneração baixos em comparação com a média europeia, o ministro disse esperar que o aumento do investimento em Portugal “ajudem a poder subir os salários da nossa população”.

“Aquilo que era dramático há uns anos atrás era que jovens qualificados nos mais diversos sectores, não encontravam aqui em Portugal oportunidades de emprego. Depois houve um período em que, embora encontrassem oportunidades de emprego, o emprego não era remunerado de forma adequada ao seu nível de qualificações e continuavam a partir”, disse. “Aquilo que temos que criar as condições é para que em Portugal as pessoas possam ter salários adequados às suas qualificações. Esse movimento está a fazer subir os salários e isso é muito positivo”, acrescentou.

Para Pedro Siza Vieira, “uma das coisas melhores que temos na Europa é que as pessoas podem escolher onde é que podem viver”.

“Se as pessoas quiserem ir viver para fora, ter uma experiência de estudo, de trabalho fora é muito bom, mas deve ser o produto de uma escolha e não de uma falta de alternativa. Temos que trabalhar todos para criar melhores alternativas de vida no nosso país”, conclui.

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