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Touros sem gás deixam Wall Street sem rumo

Dificuldade nas negociações que segundo os dados divulgados pela Reuters, já provocaram um adiamento para Dezembro da reunião que juntará os lideres das duas maiores economias do mundo.
  • Alex Grimm/Reuters
7 Novembro 2019, 11h25

Depois de duas sessões de novos máximos históricos na sequência dos bons dados sobre o emprego nos EUA, os índices norte-americanos registaram outras duas sessões mas sem sentido definido, num movimento claro de consolidação que espera por um catalisador que indique o próximo caminho a seguir. Catalisador que nesta fase do campeonato, sem grandes notícias de índole económica, com o final da earning season e sem uma reunião do FED para mexer com o sentimento, poderá advir do tema da guerra comercial.

O problema é que o optimismo em roda deste tópico tem sido em exclusivo derivado de “promessas”, sobre um eventual acordo, parcial ou não, porque em concreto desde o início do conflito o caminho tem sido sempre o do agravamento das relações comerciais, com algumas suspensões ou adiamentos, mas nada mais que isso, sendo que por agora as notícias dão conta de uma exigência por parte da China, para que antes de se chegar a um entendimento Trump anule as tarifas que entraram em vigor em Setembro, o que não se afigura como muito provável, pois tal iria dar uma imagem de alguma fraqueza da posição dos EUA, o que o presidente norte-americano dificilmente aceitará, visto que tem sempre utilizado uma retórica de que quem deve ceder é o país asiático.

Dificuldade nas negociações que segundo os dados divulgados pela Reuters, já provocaram um adiamento para Dezembro da reunião que juntará os líderes das duas maiores economias do mundo, com vista a assinar o acordo parcial, encontro que terá em principio Londres como anfitriã. Os próximos dias poderão ser dentro do mesmo estilo dos últimos dois, com os investidores a não terem razões para empurrar o mercado para qualquer dos lados, tal como ocorreu na quarta-feira, dia em que as variações nos índices norte-americanos foram residuais, com o Dow Jones a registar mesmo uma estagnação percentual com uma queda de -0.07 pontos.

Nos sectores do S&P500 de realçar a perda acentuada de -2,25% nas energéticas, em “linha” com o desempenho negativo do preço do WTI crude, que cedeu ontem -1,4% para os $56,46 por barril. Já no mercado cambial destaque para a subida, embora que ligeira, no Yen de 0,2% para os 108,92, que indiciou alguma procura por activos refúgio, facto reforçado pela valorização de 0,5% no preço do Ouro para os $1,491 por onça.

O gráfico de hoje é do Ouro, o time-frame é semanal.

 

 

Depois de ter feito um primeiro padrão de bandeira (consolidação por canal descendente após uma subida-azul), o preço do Ouro está de novo com a perspectiva de mais uma puxada ascendente, caso o padrão de bandeira em formação seja validado (linhas laranja).

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