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Transferência de impostos sobre trabalho para a poluição vai manter-se nos próximos anos

A Proposta de Lei das Grandes Opções (GOP) para 2021-2025 prevê o reforço da fiscalidade verde, apostando na manutenção do movimento de transferência progressiva da carga fiscal sobre o trabalho para a poluição e uso intensivo de recursos.
16 Abril 2021, 13h42

“No que respeita à fiscalidade verde, importa prosseguir com o movimento de reequilíbrio fiscal, em linha com o objetivo de transição justa, mediante a transferência progressiva da carga fiscal sobre o trabalho para a poluição e o uso intensivo de recursos”, refere a proposta das GOP que o Governo enviou ao parlamento e que foi agora divulgada.

No documento, o Governo assinala a importância da fiscalidade verde na “gestão eficiente dos recursos” e no “combate à poluição”, assumindo como fundamental “aumentar a tributação sobre os produtos e serviços com pior desempenho ambiental e identificar outros mecanismos fiscais que minimizem o recurso a materiais descartáveis e não reutilizáveis”.

No âmbito da eliminação faseada dos subsídios nocivos ao ambiente, o Governo avançou em 2018 com a redução da isenção da data do Imposto Sobre Produtos Petrolíferos (ISP) na utilização de carvão na produção de eletricidade nas centrais termoelétricas e da taxa de adicionamento de emissão de dióxido de carbono.

Em 2020, esta eliminação foi alargada a outros produtos utilizados na produção de eletricidade e de eletricidade e calor e no OE2021 foi prevista a tributação de determinados produtos utilizados em instalações sujeitas a um acordo de racionalização dos consumos de energia.

No contexto da fiscalidade verde, é apontada ainda a regulamentação do Plano de Poupança Floresta (uma medida prevista no Orçamento do Estado para 2020), da contribuição especial para a conservação dos recursos florestais e do Visto Verde para a Floresta.

O documento assinala também, ao nível dos transportes – setor que além das emissões poluentes “é o maior consumidor de origem petrolífera” – a necessidade de se alterarem os padrões de mobilidade dos portugueses, através de políticas que deem prioridade à promoção do transporte coletivo.

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