[weglot_switcher]

Trazer mais mundo para Lisboa

Nova diretora do The Lisbon MBA traz na bagagem experiência de vida e profissional que quer plasmar no desafio que tem pela frente: consolidar o mais internacional dos MBA portugueses.
15 Julho 2019, 07h37

Maria José Amich chega com a ambição de atrair mais alunos internacionais, de aumentar o número de mulheres que frequentam os programas de MBA e de consolidar as parcerias quer com empresas quer com universidades estrangeiras de renome para os programas de exchange. Mas não quer dizer que fique por aqui.

A nova diretora executiva do The Lisbon MBA, que se descreve como uma “uma pessoa com várias nacionalidades” – nasceu em Barcelona, fez parte da escolaridade na Escócia, licenciou-se em Genebra, na Suíça, teve o primeiro emprego na Dinamarca –, tem uma experiência vasta e diversificada no mundo dos negócios. Desempenhou funções em multinacionais, empresas familiares e até numa startup, e em diversos setores, do grande consumo às finanças, passando pelos media, consultoria e retalho. Agora estreia-se no setor da educação e volta ao palco mundial.
“Temos um caminho a percorrer com imenso potencial. A nossa proposta de valor é única e altamente diferenciadora”, afirma Maria José Amich ao Educação Internacional (EI) na sua primeira entrevista como diretora do mais internacional Master of Business and Administration (MBA) português.

O The Lisbon MBA oferece dois programas: International full-time MBA e Executive MBA. Se no primeiro os alunos estrangeiros correspondem a 50%, no programa Executivo não ultrapassam os 20%. “Continuamos a ter grande apetência por alunos internacionais. Estimamos vir a crescer, sobretudo no âmbito do Executive MBA, cujo formato alterámos já este ano”, explica.
Outra das ambições da nova diretora, também fundadora da associação Woman Win-Win, é aumentar a percentagem de mulheres que frequentam os programas. Atualmente são 34% no International full-time MBA e um pouco menos no Executive MBA. “Há aqui trabalho a fazer”, afirma.

Amich também se propõe trabalhar as parcerias, não só internacionais com universidades, mas também com empresas de renome nos mais diversos setores. A articulação destes três vetores tem como objectivo consolidar e incrementar a posição internacional do consórcio.

Trunfos do programa
O The Lisbon MBA resulta de uma parceria entre a NOVA SBE e a Católica-Lisbon, duas das mais prestigiadas escolas de negócios portuguesas, e beneficia de uma parceria com a Sloan School of Management, a reputada business school do MIT. Uma mais-valia de peso de uma proposta cujo valor assenta em quatro vertentes: experiência internacional, progressão na carreira, formação customizada e retorno do investimento.

Os programas têm lugar em três campus de renome: NOVA SBE, Católica Business School e Sloan School of Management (MIT). “Temos o melhor lifestlyle do mundo, que resulta da combinação entre Lisboa e Boston, duas cidades internacionais, dinâmicas e empreendedoras, uma europeia e outra americana, reforçadas por três campus de ensino muito diferentes entre si”, salienta Maria José Amich.

O lifestyle até pode contribuir para alargar horizontes e crescer como pessoa, mas é na experiência internacional que o The Lisbon MBA bate a concorrência.

Além da imersão durante um mês no MIT, que é parte integrante do programa, os alunos do International full-time MBA ganham passaporte para o “International Lab” – uma iniciativa que tem lugar nos meses de verão e que permite aos formandos participar num desafio empresarial em equipa com estudantes de MBA, numa de três universidades à sua escolha, Egade, no México, Insper, em São Paulo, Brasil, e Fudan em Xangai, China.

Como funciona? “Uma empresa, normalmente sediada em Portugal, que tenha um determinado objetivo empresarial no México, Brasil ou China, lança um desafio a três alunos do The Lisbon MBA e a outros três alunos da universidade parceira, que com a tutela de dois professores vão tentar encontrar uma solução”.

O desafio, que vai desde o lançamento de um novo produto no mercado à aquisição de uma empresa, ou de um estudo de mercado, tem a duração de oito semanas: duas no país de destino, quatro no país do candidato que a partir daí trabalha online, e duas semanas em Portugal, onde é feita a apresentação do projeto. “A tipologia de projetos é muito diversa, portanto, temos que reforçar a parceria com empresas para, justamente, continuarmos a alimentar esses desafios e dar aos alunos a oportunidade de viver essa experiência”, acrescenta.

No MBA Executive, além do MIT, a experiência internacional é aprofundada através do programa “Exchange” com três universidades parceiras: São Diego, nos Estados Unidos, Macquarie, na Austrália, e Coppead, no Rio de Janeiro, Brasil. “Existe essa vocação e essa vontade de reforçar os nossos laços internacionais, seja através de parcerias com universidades, seja através da ligação com empresas fora de Portugal, numa base diversificada”, salienta. A vertente internacional também se faz sentir na tipologia dos professores do The Lisbon MBA: 35% do corpo docente é internacional e o objetivo é aumentar esse número.

Elemento diferenciador numa carreira
Na carreira de quem o faz, o The Lisbon MBA significa um “salto exponencial”. O facto é atestado pelo “Financial Times” que elege o programa português número um da Europa e oitavo no mundo no que respeita ao critério career boost. O mesmo se aplica, diz Amich, a quem ambiciona mudar de área profissional ou enveredar pelo lançamento de um negócio. Em termos salariais, verificou-se um aumento médio de 73% pós-MBA, segundo os alunos que concluíram o programa há três anos. Falamos de um salário anual médio de 110 mil dólares (90 mil euros).

“Quando se opta por uma carreira profissional, é extremamente importante o conhecimento que o indivíduo tem de si próprio, por um lado, e da organização, da cultura e das expetativas desta, por outro”, explica Amich, adiantando que cada vez mais os alunos do programa estão alinhados com os propósitos das empresas. “Não é só o que fazem ou como fazem, mas também porque o fazem”, salienta.

No The Lisbon MBA existe acompanhamento personalizado para o aluno desenvolver um maior conhecimento de si próprio, dos seus valores, atitudes, expetativas e objetivos (self-assessement) e de gestão de carreira, através do Career Management Center. Este coaching personalizado complementa-se com dois cursos: “Friday Forum” para o International full-time MBA e “Leadership Stream” para o Executive MBA, que reforçam os conteúdos na área do desenvolvimento de competências comportamentais (soft skills).

No que respeita ao quarto ponto forte do programa – retorno do investimento – Maria José Amich salienta a relação custo/benefício. Estamos a falar de 38 mil euros para o International full-time MBA e de 30 mil euros para o Executive MBA.

Em suma, os três vetores definidos têm como principal objetivo consolidar e incrementar a posição internacional do programa.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.