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Tribunal Constitucional chumba Taxa Municipal de Proteção Civil em Setúbal

TMPC de Setúbal também não pode ser considerada como uma taxa, mas como um imposto que, por isso, só pode ser aprovado pela Assembleia da República, de acordo com o Tribunal Constitucional.
15 Fevereiro 2018, 15h12

O Tribunal Constitucional considerou que a Taxa Municipal de Proteção Civil (TMPC) Câmara de Setúbal é inconstitucional, mas a autarquia setubalense anunciou hoje que só vai tomar uma posição depois de ser notificada da decisão.

Depois de ter declarado a inconstitucionalidade das TMPC nos municípios de Vila Nova de Gaia e de Lisboa, o Tribunal Constitucional, em acórdão datado do passado dia 31 de janeiro, considera que a TMPC de Setúbal também não pode ser considerada como uma taxa, mas como um imposto que, por isso, só pode ser aprovado pela Assembleia da República.

O jornal Público noticiou hoje que a TMPC de Setúbal foi declarada inconstitucional pelo TC, por a considerar um imposto que não pode ser criado pelo município.

A declaração de inconstitucionalidade surge na sequência de um pedido de impugnação de uma empresa, que contestou as regras estabelecidas para a cobrança da referida taxa no concelho de Setúbal.

Segundo revelou hoje à agência Lusa fonte da autarquia sadina, a TMPC só é cobrada aos proprietários de imóveis devolutos ou que tenham alguma atividade industrial ou comercial, em função de uma escala de risco – reduzido, inferior ou elevado -, mas esta argumentação não vingou no TC, que considerou não haver uma relação direta entre a TMPC e o serviço prestado pelo município na área da Proteção Civil.

A Câmara Municipal de Setúbal começou a cobrar a TMPC em 2012 para financiar os serviços de Proteção Civil assegurados pelo município, que incluem uma Companhia de Sapadores Bombeiros.

Segundo a Câmara de Setúbal, o valor anual arrecadado pelo município com a TMPC em 2016 foi de 873 mil euros, valor muito aquém dos custos de proteção civil e de socorro à população do concelho, que a autarquia diz representar um encargo anual de cerca de 4,5 milhões de euros.

Em Lisboa, a Câmara Municipal iniciou hoje o processo de devolução faseada das TMPC cobrada indevidamente à população nos últimos anos, no valor total de 58 milhões de euros.

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