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Trump perdoa 143 pessoas, incluindo Steve Bannon, mas não se inclui nem à sua família

Donald Trump, que abandona hoje a presidência dos Estados Unidos, concedeu perdão a 73 pessoas e comutou um total de 70, numa lista que incluiu o ex-conselheiro Steve Bannon, o rapper Lil Wayne e o ex-autarca de Detroit Kilpatrick. Na mesma lista, não surge o nome de Trump ou de qualquer membro da sua família.
20 Janeiro 2021, 09h45

O presidente cessante Donald Trump perdoou um total de 143 pessoas no fim do seu mandato presidencial, entre as quais se destaca o seu ex-conselheiro Steve Bannon, com ligações à extrema direita, revela a “Reuters”. No entanto, a maior surpresa, e que vai contra as notícias divulgadas nas passadas semanas, é que Trump não concedeu o perdão presidencial à sua família, a si próprio ou ao advogado Rudy Giuliani.

Steve Bannon foi um dos principais assessores na corrida presidencial de Trump em 2016, tendo sido acusado, no ano passado, de roubar os apoiantes do presidente cessante, de forma a angariar fundos privados para a construção do muro na fronteira entre os EUA e o México. Apesar de proclamar inocência, Bannon chegou a estar preso, tendo pago uma fiança de cinco milhões de dólares (4,12 milhões de euros).

Esta quarta-feira marca o fim de quatro anos de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, dando a vez a Joe Biden de liderar a nação enquanto presidente.

De acordo com a “Reuters”, que ouviu fontes familiares do processo, ao perdoa a sua família e a si próprio, Trump iria parecer culpado dos crimes para os quais está a ser investigado. A Casa Branca desaconselhou Trump a perdoar Steve Bannon, mas Donald Trump seguiu com a sua decisão, libertando o seu aliado das acusações.

Entre a lista de 143 indultos, Donald Trump perdoou Elliott Broidy, um captador de fundos para o presidente cessante que se declarou culpado por violar leis de lobby estrangeiras, o ex-autarca de Detroit Kwame Kilpatrick, que estava a cumprir uma pena de prisão de 28 anos por corrupção, bem como os rappers Lil Wayne de Kodak Black, que estavam acusados por posse de arma em vários crimes federais.

Donald Trump concedeu ainda o perdão presidencial a Anthony Levandowsky, um ex-engenheiro da Google que estava a cumprir 18 meses na prisão depois de revelar segredos da empresa relativamente aos veículos autónomos que estavam a ser testados pela Uber, em parceria com a tecnológica.

Nas últimas horas enquanto presidente, Donald Trump concedeu perdões a 73 pessoas e comutou penas a outras 70, cuja lista incluiu nomes de ex-membros do Congresso e de aliados políticos.

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