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Turismo bate recordes, mas salários não acompanham crescimento

O salário médio pago pelas “atividades de alojamento, restauração e similares” ronda os 632 euros, de acordo com dados do INE, referentes ao ano passado, e desde o tempo da crise, em 2011, a subida foi de apenas 45 euros.
  • Cristina Bernardo
19 Fevereiro 2018, 09h26

O setor do turismo continua a somar recordes desde 2014, mas os salários dos trabalhadores não acompanham a tendência de crescimento. O salário médio pago pelas “atividades de alojamento, restauração e similares” ronda os 632 euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes ao ano passado, e desde o tempo da crise, em 2011, a subida foi de apenas 45 euros, avança o jornal “Diário de Notícias”.

No ano passado, o país recebeu quase 21 milhões de turistas e o setor correspondeu a cerca de 7% da economia nacional. As receitas atingiram os 12,6 mil milhões de euros (o dobro do valor de há dez anos) e o setor voltou a crescer com mais 9% em hóspedes e 19% em receitas. No entanto, o presidente da Confederação do Turismo em Portugal (CTP), Francisco Calheiros, alerta para a subvalorização da indústria turística.

“O problema são os salários baixos, más condições de trabalho, horários de trabalho, não pagamento de feriados, ritmos de trabalho, trabalho ilegal e clandestino, fumo do tabaco durante todo o período do trabalho”, concorda o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte ao jornal “Publituris”.

O sindicato indica que no setor da restauração, “80% dos trabalhadores recebem o salário mínimo”, assim como 39% dos trabalhadores do setor do alojamento e restauração.

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