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Ucrânia: Organizadora de eleições russas em territórios ocupados morta em explosão

“Na manhã de 06 de março, um dispositivo explosivo caseiro foi colocado sob o veículo de um membro da comissão eleitoral distrital”, afirmou a comissão de investigação russa num comunicado, acrescentando que “a vítima sucumbiu aos ferimentos num centro médico”.
6 Março 2024, 20h47

Uma funcionária colaboradora das autoridades da Rússia e responsável pela organização das próximas eleições russas em território ocupado no sul da Ucrânia morreu hoje na explosão de um engenho no seu carro em Berdyansk.

“Na manhã de 6 de março, um dispositivo explosivo caseiro foi colocado sob o veículo de um membro da comissão eleitoral distrital”, afirmou a comissão de investigação russa num comunicado, acrescentando que “a vítima sucumbiu aos ferimentos num centro médico”.

Desde que a ofensiva da Rússia na Ucrânia começou, há dois anos, vários dos funcionários nos territórios que controla têm sido alvo de ataques.

O caso hoje divulgado ocorre uma semana antes das eleições presidenciais russas, marcadas para entre 15 a 17 de março, que também serão realizadas nos territórios ocupados da Ucrânia.

O chefe da região de Zaporijia, Yevgeny Balitsky, nomeado por Moscovo, acusou as autoridades ucranianas de serem responsáveis pelo ataque e disse tratar-se de uma tentativa de intimidação por parte de Kiev antes das eleições russas.

“Eles esperam impedir a expressão legítima da nossa vontade, o que é impossível”, comentou num comunicado nas redes sociais.

O serviço de informações militares ucraniano confirmou que “Svitlana Samoilenko, que organizou as pseudo-eleições de [Presidente russo, Vladimir] Putin nos territórios ocupados da região de Zaporijia, foi eliminada”, mas não assumiu a responsabilidade pelo ataque.

Em 2022, a Rússia declarou anexar a região de Zaporijia, onde está localizada a cidade portuária de Berdyansk, além dos territórios de Donetsk, Lugansk e Kherson, embora não tenha controlo militar total sobre eles.

A votação também terá lugar na península da Crimeia, que a Rússia anexou em 2014, na sequência de um referendo amplamente denunciado em todo o mundo como uma farsa.

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