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União Africana confiante na adesão dos PALOP ao livre-comércio

Os seis países que compõem os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa assinaram mas ainda não ratificaram o acordo para a nova zona de livre-comércio e livre-circulação em África, que entrou em funcionamento a 30 de maio.
22 Junho 2019, 13h30

O comissário do Comércio e Indústria da União Africana, Albert Muchanga, mostrou-se este sábado otimista com a adesão dos países de língua portuguesa ao acordo continental de livre-comércio e explicou que a Guiné Equatorial pediu a tradução dos termos do tratado para espanhol.

Os seis países que compõem os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) assinaram mas ainda não ratificaram o acordo para a nova zona de livre-comércio e livre-circulação em África (AfCFTA, na sigla em inglês) que entrou em funcionamento em 30 de maio.

“Vão todos assinar”, disse Muchanga, dando o exemplo de Angola, como uma das economias que irá entrar nesse comboio diplomático. “O governo de Angola pediu-nos para ir lá e quando eu tiver tempo irei lá” para “explicar e discutir os termos do acordo”, explicou o comissário, em entrevista à agência Lusa em Moscovo.

O caso da Guiné Equatorial, o mais recente membro dos PALOP e o país mais rico per capita do continente graças ao petróleo, é diferente.

“A Guiné Equatorial queria o acordo em espanhol. Na União Africana, temos quatro línguas oficiais – inglês, árabe, francês e português – mas a Guiné Equatorial é o único país de língua espanhola e tivemos de traduzir toda a documentação, o que atrasou o processo”, explicou Muchanga, que não referiu o facto de o país ter adotado a língua portuguesa (e a francesa) como uma das línguas oficiais.

O acordo prevê o fim das barreiras alfandegárias em 90 por cento dos bens e os bens que irão ainda ser tarifados terão de ser acordados entre os países-membros, segundo a vontade política de cada um.

Moscovo acolhe esta semana os encontros anuais do Afreximbank depois de a Rússia ter entrado no lote de acionistas do banco, em 2017, e num momento em que o Kremlin quer reforçar o comércio externo com África, um continente que tem assistido a uma presença crescente da China.

A Lusa viajou para Moscovo a convite do Afreximbank

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