Universidade de Coimbra coordena projeto de robótica e IA para a agricultura
A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) coordena um projeto europeu de robótica e machine learning para agricultura digital, que envolve instituições de ensino superior de Espanha, França, Países Baixos e Reino Unido.
Artificial Intelligence and sensor-fusion systems in sustainable (Green) robotics for precision agriculture (AIGreenBots), assim se designa o projeto, tem a duração de quatro anos e financiamento de 2,5 milhões de euros do Programa Horizonte Europa MSCA-DN.
O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de novas plataformas de agro-bots, perceção robótica e sistemas de fusão de sensores, testar sistemas de robótica agrícola, mas também abordar as questões de segurança e aspetos importantes da legislação.
“Trata-se de uma Rede Doutoral Marie Skłodowska-Curie Actions (MSCA) que implementará uma aprendizagem multidisciplinar, desenvolvimento de carreira e investigação para nove estudantes internacionais de doutoramento”, adianta o coordenador, Cristiano Premebida, professor do Departamento de Engenharia Eletrotécnica e de Computadores e investigador do Instituto de Sistemas e Robótica da FCTUC.
E explica: “Através de uma parceria internacional e complementar com universidades de topo, centros de investigação e partes interessadas relacionadas com a agricultura, dos diferentes países, esta Rede Doutoral tem como objetivo fornecer competências e conhecimentos necessários para enfrentar um dos principais desafios da nossa sociedade e do ambiente: a robótica agrícola para agricultura de precisão/digital”.
AIGreenBots junta participantes académicos e não académicos de diversas áreas, nomeadamente robótica, automação, deteção remota para agricultura de precisão, inteligência artificial (IA) confiável e aprendizagem de máquina probabilística, engenharia de sistemas, inferência probabilística, sensores de fusão, segurança e implantação real de robótica agrícola.
“Na Europa não existem programas de doutoramento centrados na agricultura-robótica que exponham os alunos a conceitos tão amplos e a experiências como esta, mas há uma necessidade cada vez maior deste tipo de investigação”, explica Cristiano Premebida, salientando que, no final, “os investigadores estarão plenamente capacitados” para dirigir investigações interdisciplinares a nível internacional.
Desta forma, conclui, “a estrutura do AIGreenBots servirá como plataforma europeia para uma formação doutoral de excelência em robótica inteligente para agricultura de precisão/automatizada e agricultura digital”.
