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Uphill financia-se em sete milhões de euros e vai abrir escritórios em Londres e Barcelona

O investimento foi liderado pela Explorer, fundo de impacto social da Redstone e da EnjoyVenture, Brighteye Ventures e Maze. A Caixa Capital e o grupo Luz Saúde também participaram nesta ronda série A com um reforço de financiamento na tecnológica ligada à saúde.
18 Março 2024, 09h07

A startup portuguesa UpHill, que criou um software e aplicação móvel para cuidados de saúde, anunciou esta segunda-feira uma nova ronda de investimento série A, no valor de sete milhões de euros, para melhorar a tecnologia, aumentar o leque de clientes e internacionalizar para Espanha e Reino Unido. O Jornal Económico (JE) sabe que os novos escritórios serão em Barcelona e Londres.

O financiamento foi liderado pela sociedade de private equity Explorer e pelo fundo de impacto social da Redstone e da EnjoyVenture – novos investidores – e também a Brighteye Ventures e a Maze. A Caixa Capital e o grupo Luz Saúde também participaram nesta ronda com um reforço de investimento na empresa que faz parte do seu portefólio desde 2017 e 2019, respetivamente.

“Esta ronda tem também um objetivo ambicioso de internacionalização, quer do produto – através da implementação em instituições hospitalares internacionais – quer da equipa, através da criação de equipas de caráter local em localizações chave. Este objetivo materializa-se através da abertura de escritórios em Espanha e no Reino Unido, mercados-chave”, afirmou o cofundador e CEO da UpHill, o médico e empreendedor Eduardo Freire Rodrigues.

O objetivo da UpHill é duplicar a equipa até ao final de 2024, o que significa contratar cerca de 30 pessoas ligadas às áreas de engenharia de software, engenharia biomédica, desenvolvimento de negócio, gestão e implementação de projetos hospitalares ou design.

“O core da operação da UpHill vai manter-se em Portugal (as equipas atuais e as novas contratações para desenvolvimento de produto e de engenharia). Nestas localizações [Reino Unido e Espanha] vão estar as pessoas de desenvolvimento de negócio e implementação de projetos alocadas a cada território”, esclareceu fonte oficial da tecnológica ao JE.

Segundo o CEO, a solução da sua empresa reduz até 65% as readmissões hospitalares e “funciona como um piloto automático para médicos e enfermeiros, que aumenta a capacidade das equipas de saúde, duplicando, por exemplo, a capacidade de seguimento pós-cirúrgico, ou automatizando tarefas que poupam um dia de trabalho por mês, a cada profissional”.

“Os prestadores de cuidados de saúde enfrentam enormes dificuldades para acompanhar as necessidades da população e, neste contexto, melhorar a eficiência médica é fundamental para garantir a cobertura de cuidados de saúde de elevada qualidade”, contextualiza o diretor de investimentos da Redstone, Lucas Paul. João Caro Sousa, investidor na Explorer, diz mesmo que o plano é “transformar a UpHill numa das principais referências no sector de saúde europeu”.

Esta terceira ronda de investimento da UpHill perfaz 12 milhões de euros de investimento angariado desde a fundação da empresa, em 2015. Trabalha como hospitais como: Coimbra, São José, Santa Maria, Santiago do Cacém ou até Instituto Guttmann em Espanha.

“Esperamos que estes benefícios só aumentem à medida que o produto evolui nos próximos meses e anos”, remata Ben Wirz, sócio-fundador da Brighteye, que reforçou o investimento na empresa, juntamente com a Maze. Opinião partilhada por António Miguel, managing partner do fundo de impacto MSM, cogerido pela Maze.

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