O deputado do partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) José Luís Ferreira, assumiu esta segunda-feira, 12 de outubro, que o partido poderá viabilizar o Orçamento de Estado para 2021 se as medidas que o partido propôs estiverem contempladas no documento, mas nos termos que foram definidos pelos “Verdes”.
Enquanto aguarda a receção do documento elaborado pelo executivo de António Costa na Assembleia da República, José Luís Ferreira garantiu que “está tudo em aberto”, mas admitiu viabilizar o OE 2021 “se virmos que as medidas que propusemos estão lá contempladas nos termos em que pretendíamos; se não, teríamos de tomar outra posição”.
Quanto ao ‘braço de ferro’ entre o Bloco de Esquerda e o Governo, e a possibilidade de uma crise política, José Luís Ferreira relativiza e indica que “em crise está quem se encontra com graves problemas para sobreviver no nosso país” e sublinhou não saber “se existiriam condições para continuarem as negociações”.
Quanto às exigências do partido, o deputado do PEV recordou que os ecologistas querem “um Orçamento que dê respostas aos problemas do país e dos portugueses sobretudo com os problemas criados com a pandemia, mas também os que já vinham de trás e ainda por cima numa altura em que não estamos tão limitados do ponto de vista das instituições europeias no que toca às metas do défice”.
“Para nós o que seria importante era que houvesse um combate sério à pobreza e valorização dos salários”, sublinhou José Luís Ferreira que acredita ser necessário “não esquecer a promessa que ficou do ano passado para este ano nessa matéria já que é preciso garantir apoios a quem ficou de fora dos apoios , é preciso reforço dos serviços públicos nomeadamente na saúde, na educação, mas também nos transportes, é preciso apostar na nossa produção sobretudo a nível da agricultura familiar”.
“Houve alguma abertura do governo para vedar o acesso a quaisquer apoios públicos a empresas sediadas nos paraísos fiscais”, enalteceu o deputado ecologista.
Na última reunião que teve com o Governo sobre o OE 2021, a 6 de outubro, os ecologistas destacaram o combate à pobreza e à valorização salarial.
“Falámos nomeadamente na necessidade de combater a pobreza e da valorização salarial, da necessidade de criar apoios para todas as pessoas que ficaram sem acesso a qualquer apoio social”, explicou José Luís Ferreira.
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