O Zoom ganhou notoriedade durante a pandemia de Covid-19 sendo considerado a ferramenta principal para comunicar via online, através de videoconferências. Como consequência da sua popularidade, entrou em bolsa e foi, durante a maior parte do ano, uma das empresas mais bem sucedidas. Eric Yuan, fundador e CEO do Zoom, não teme o futuro e explica que “a pandemia veio alterar o ecossistema do trabalho, fazendo com que cada vez mais pessoas queiram trabalhar remotamente”.
Durante o painel ‘Zooming ahead: The shaping of a new world’ durante o segundo e ultimo dia da Web Summit, Yuan explicou como foi trabalhar e assistir ao crescimento meteórico da sua plataforma e, consequentemente, empresa, afirmando que “sempre sonhei em ter a minha empresa em bolsa, ir a Nova Iorque e tocar o sino”.
Sobre o volume de trabalho que, aumentou significativamente, Yuan refere que “foi um processo muito árduo conseguir criar uma força de trabalho capaz de suportar e manter os níveis de qualidade da plataforma”. Para lidar com o aumento de utilizadores o Zoom tem atualmente 34 mil funcionários, um número que representa um crescimento de 400% em comparação com o período pré-pandemia.
Ainda assim, Eric Yuan sublinha que o lema da empresa permanece intacto “continuamos a querer fazer melhor, diferente e garantir que os nossos utilizadores estão satisfeitos”. Yuan explica que a sua rotina de CEO não mudou, e que continua a disfrutar daquilo que faz “para mim foi sempre importante fazer aquilo que gosto, daí que mesmo com as pressões associadas ao crescimento do número de utilizadores, eu continuei a fazer o mesmo que já fazia, embora com uma frequência muito superior”.
Sobre o futuro, ainda que as mais recentes noticias sobre a eficácia das vacinas contra a Covid-19 sejam animadoras e antecipem um regresso generalizado aos locais de trabalho, Yuan não se mostrou preocupado e explica que “a pandemia veio alterar o ecossistema do trabalho, fazendo com que cada vez mais pessoas queira trabalhar remotamente”. Acrescenta que “as viagens em trabalho serão menores, as pessoas que optam pelo teletrabalho serão muito mais, e as empresas estarão muito mais recetivas a reduzir os gastos em prol do bem-estar dos seus funcionários”.
Os avanços tecnológicos que se esperam para as próximas duas décadas são algo que também entusiasmam o fundador do Zoom, chegando mesmo a afirmar que “nos próximos 15 a 20 anos as chamadas de vídeo vão ser muito diferentes, vamos poder sentir o cheiro, o tato e ter muito mais interação e, nesse sentido, nós [Zoom} estaremos sempre atentos a quaisquer novas funcionalidades que possamos acrescentar à plataforma”.
Por fim, os conselhos que oferece a empreendedores aspirantes a empresários são que “nunca hesitem, se têm uma ideia vão com ela até ao fim. Criem uma cultura da empresa, passem-na aos vossos funcionários e acreditem sempre que podem melhorar”.
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