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WhatsApp é o meio preferido para disseminar desinformação em Portugal

A Língua portuguesa está a ganhar força nas campanhas de desinformação que têm sido detetadas um pouco por todo o mundo, avança a empresa autora do estudo. Explica este relatório que o Português já ocupa o segundo lugar entre as 20 línguas não-inglesas mais populares.
  • 2 – Whatsapp (600 milhões de downloads)
9 Setembro 2021, 11h13

A rede social WhatsApp foi o meio preferido para difundir desinformação em Portugal em 2020, de acordo com dados apurados pela S21Sec, uma empresa de cibersegurança.

Explica a empresa autora deste estudo que Portugal acompanha a tendência mundial de distribuir informações falsas através sobretudo do WhatsApp, com Facebook e Twitter abaixo da rede social preferida para este objetivo. Imprensa online e o Instagram fecham o top-5.

A S21Sec realça ainda que o Telegram começa a ganhar “um papel fundamental” na distribuição de desinformação e que o Instagram “começa a afirmar-se como um agente importante na criação de conteúdo. Esta aposta também se deve à dificuldade dos algoritmos na deteção de desinformação em formato de conteúdo multimédia”.

A pandemia e a gestão da crise pandémica foram os alvos preferenciais para a disseminação de desinformação, que teve impacto em vários setores. “Desde campanhas de desacreditação e difamação de instituições, empresas e marcas (ex. SNS, farmacêuticas, telecomunicações, etc), bem como ataques de Phishing – potenciados pela distribuição de informação falsa sobre a doença, regras de confinamento/desconfinamento e a vacinação – com o objetivo de obter informação de pessoas e organizações e, deste modo, alavancar ataques como os de ransomware ou exfiltração de dados confidenciais para potenciar crimes de extorsão”, foram alguns dos riscos identificados pela S21Sec.

Língua portuguesa ganha força na desinformação

A Língua portuguesa está a ganhar força nas campanhas de desinformação que têm sido detetadas um pouco por todo o mundo, avança a empresa autora do estudo. De resto, o Português já ocupa o segundo lugar entre as 20 línguas não-inglesas mais populares. Nessas publicações “foram elaborados posts sobre Plandemic ou Judy Mikovits, com o registo de 1,278 referências, atrás o Espanhol que lidera largamente com 3,995 referências e o Italiano a fechar o top-3 com 1,178 referências detetadas”.

No que diz respeito aos casos de desinformação com maior impacto, a S21Sec detetou que as mesmas “foram produzidos por meios de comunicação alternativos, que se convertem em produtores de campanhas de influência, usando depois diversas técnicas desinformativas com referências a conteúdo oficial para dar credibilidade ao discurso e, posteriormente, publicam nas redes sociais e canais de comunicação, aumentando a audiência e impacto do conteúdo”.

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