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Saldo orçamental nos 2,3 mil milhões até fevereiro, melhora face ao ano anterior por causa dos impostos

As Administrações Públicas registaram um saldo orçamental de 2.300 milhões de euros até fevereiro de 2023, na ótica da contabilidade pública. Comparando com o mesmo mês de 2022, verifica-se uma melhoria de 1.159 milhões de euros.
31 Março 2023, 18h48

O Saldo das Administrações Públicas situa-se em 2.300 milhões de euros, ainda sem impacto dos novos apoios, avança o Ministério das Finanças.

As Administrações Públicas registaram um saldo orçamental de 2.300 milhões de euros até fevereiro de 2023, na ótica da contabilidade pública. Comparando com o mesmo mês de 2022, verifica-se uma melhoria de 1.159 milhões de euros.

A melhoria do saldo orçamental nos primeiros meses do ano resulta de um acréscimo da receita de 6,4%, e de uma redução da despesa efetiva de 1,1%. A receita fiscal e contributiva arrecadada até fevereiro de 2023 aumentou 8,6% face ao mesmo período de 2022, destacando-se a evolução no IRS (+14,7%) e no IVA (+5,4%).

O Governo refere que é o bom momento do mercado de trabalho que justifica a subida da receita fiscal e contributiva já que “é também evidente no crescimento das contribuições para a Segurança Social (+11,4%). Aliás, o crescimento do IRS e das contribuições sociais
justificam cerca de 90% da melhoria total da receita verificada até agora”.

“O comportamento da despesa está fortemente influenciado por fatores que prejudicam a sua comparabilidade – nomeadamente, o diferente perfil de pagamento das PPP  [parcerias público-privadas] com menor despesa no arranque de 2023; a redução dos encargos com as medidas Covid-19 este ano; e em sentido inverso, uma despesa superior com medidas de mitigação dos impactos do choque geopolítico (que não contabilizam ainda o pacote adicional de apoios apresentado em março)”, explica o Governo.

Corrigindo os números desses efeitos, a despesa efetiva cresceu 4,8% em termos homólogos e 11% face a igual período de 2019.
No que respeita à despesa primária, corrigida dos mesmos efeitos, a subida foi de 6,3% em termos homólogos, e de 15,6% face a igual período de 2019.

Despesa pública subiu

Os salários, a aquisição de bens e serviços e as prestações sociais aumentaram a despesa do Governo.

As despesas com pessoal crescem 5,4% em fevereiro de 2023 face ao período homólogo de 2022. Este aumento reflete a atualização transversal remuneratória dos trabalhadores das Administrações Públicas, bem como o impacto do aumento da remuneração mínima mensal garantida.

Neste âmbito, destaca-se o contributo dos salários do SNS (+9,6%) e da PSP e GNR (+7%), revela o Governo que acrescenta que esta informação refre-se à despesa executada nos dois primeiros meses do ano, e não reflete o novo aumento salarial transversal de 1%, nem o aumento de subsídio de refeição para 6 euros anunciados em março.

Já a aquisição de bens e serviços aumentou 5,7%, o que “está fortemente influenciado pelo contributo da Administração Local (+16,7%) e da Administração Central (+3,9%), de onde se destacam os gastos com o SNS e as escolas”.

“Excluindo as medidas Covid-19, a despesa com aquisição de bens e serviços nas Administrações Públicas cresceu 12% até fevereiro, face ao mesmo período do ano anterior.”, lê-se no comunicado.

Já as prestações sociais sem pensões cresceram 11,8% (excluindo medidas Covid-19).

Pensões registaram aumento de 6,7%

As prestações sociais sem pensões (e sem despesas relacionadas com a Covid-19) cresceram 11,8%. “Esta evolução foi fortemente influenciada pela prestação social para a inclusão (+25,8%), prestações de parentalidade (+18,1%), subsídio familiar a crianças e jovens (+16%) e subsídio por doença (+15,3%). A despesa com pensões aumentou 6,7%”, refere o Executivo.

 

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