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Novobanco: administrador demitido usou mais três bancos para depositar dinheiro vivo

Avança o JE que o administrador demitido do Novobanco usou, pelo menos, mais três bancos, além da instituição financeira onde trabalhava, para fazer depósitos em dinheiro vivo. Ministério Público investiga suspeitas de fraude fiscal e branqueamento.
Carlos Brandão Novobanco
O diretor do Departamento de Risco Global, Carlos Brandão, fala perante a Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar às perdas registadas pelo Novo Banco e imputadas ao Fundo de Resolução, na Assembleia da República, em Lisboa, 26 de maio de 2021. TIAGO PETINGA/LUSA
10 Janeiro 2025, 08h20

Carlos Brandão, administrador demitido do Novobanco, está a ser investigado pelo Ministério Público tendo em conta operações financeiras suspeitas “na sua esfera pessoal”. O JE avança esta sexta-feira que as transferências e os sucessivos depósitos feitos em dinheiro vivo no Novobanco (num valor compreendido em cerca de 500 mil euros) também foram efetuados com a utilização de mais três bancos além daquele para o qual trabalhava.

Avança o JE que Carlos Brandão utilizou a CGD, o Santander e o Bankinter (o administrador já tinha trabalhado nestes dois últimos e por isso ainda mantinha contas abertas nessas entidades) para depositar dinheiro vivo. Além disso, foram ainda efetuadas operações imobiliárias que envolvem a mulher do ex-gestor, que também foi constituída arguida neste inquérito.

Conhecedor das regras dos movimentos financeiros para não fazer soar as campainhas de alarme, o gestor realizou inúmeros depósitos abaixo dos 10 mil euros. Este é o limite acima do qual o banco é obrigado a perguntar ao cliente a origem dos fundos, sendo que movimentos suspeitos e recorrentes de valores mais baixos (como cinco mil euros) também podem ser reportados.

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