A dois meses das legislativas, BE e PCP apelam ao voto para evitar a maioria absoluta do PS e obrigar os socialistas a criarem uma Geringonça 2.0. Porém, no programa eleitoral do PS, ao mesmo tempo que são prometidas medidas que foram negadas aos parceiros de esquerda durante esta legislatura, os socialistas esboçam a intenção de avançar com propostas que dificilmente terão a aceitação do BE e PCP e colocam em risco um eventual acordo pós-eleições.
A julgar pelas sondagens, o PS está perto da maioria absoluta, com projeções que apontam para entre 35,5% e 43,2% das intenções de voto para 6 de outubro. Com a direita em queda livre (o PSD com cerca de 20% e o CDS a disputar terreno com o PAN, em volta dos 5%), a grande questão é se o PS precisa ou não de uma segunda ‘Geringonça’. Além de um possível entendimento com o PAN, há a possibilidade de repetir o entendimento de 2015 com o Bloco e o PCP que, nas sondagens, surgem com projeções de entre 9 a 15% e de 5 a 7%, respetivamente.
Artigo publicado na edição semanal de 2 de agosto, de 2019, do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.
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