O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) vai manter até terça-feira, tal como previsto, a greve iniciada na segunda-feira por parte de trabalhadores em empresas que estão a “desrespeitar” algumas cláusulas legais.
“Já se conseguiu em algumas empresas esclarecer algumas cláusulas, mas vamos manter a greve até às 24:00 de terça-feira”, disse o coordenador sindical José Manuel Silva à Lusa.
A paralisação de nove dias, até às 24:00 de terça-feira, realiza-se por motivos distintos da greve convocada pelos sindicatos Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e Independente de Motoristas de Mercadorias (SIMM).
“No nosso caso, concordamos com o acordo para o aumento a partir de janeiro e consideramos que, relativamente a 2021 e 2022, há tempo para negociar”, explicou o coordenador do STRUN em declarações à Lusa na terça-feira.
O problema, disse, são “quatro cláusulas que não estão a ser bem entendidas e algumas que têm de ser retificadas”.
José Manuel Silva referiu que uma das dificuldades se prende com empresas que estão a incluir “nas 45 horas de descanso obrigatório” o descanso adicional previsto por cada domingo passado a trabalhar fora do país.
De acordo com o sindicalista, existem também complicações devido ao facto de a lei ter deixado de prever que, a partir dos 50 anos, os trabalhadores possam deixar de fazer deslocações internacionais.
A isto, somam-se casos de empresas que “todos os dias colocam os trabalhadores a fazer horas extra”, quando, “num período de quatro meses, estão previstas oito horas extra no máximo”, acrescentou.
A greve do STRUN, que representa cerca de mil motoristas de mercadorias do Norte, começou às 00:00 de segunda-feira nos distritos de Aveiro, Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
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