O processo de impeachment contra o presidente norte-americano Donald Trump, iniciado em finais de setembro, teve esta semana um momento decisivo com a votação favorável na Câmara dos Representantes, depois de, há precisamente uma semana, a Comissão de Justiça do mesmo organismo ter aprovado dois artigos para a destituição (abuso de poder e obstrução das investigações do Congresso).
A pouco menos de dois meses do início das primárias democratas para a escolha do candidato que vai tentar tirar Trump da Casa Branca, o impeachment tem tudo para baralhar o sistema político norte-americano, mas dificilmente servirá para tirar Trump da presidência. Apesar de todos os esforços dos democratas para chamarem os republicanos à razão – dizendo que os cargos políticos tanto na Câmara como no Senado existem para os eleitos defenderem a Constituição e não para se deixarem arregimentar pela vontade do partido – tudo indica que o impeachment ‘morrerá’ às portas do Senado.
Se não foi difícil passar o processo na Câmara dos Representantes, onde os democratas estão em maioria (233 assentos, contra 197) – é praticamente impossível que o impeachment passe no Senado, onde os republicanos ainda são soberanos (53 senadores em 100), para além da necessidade de uma maioria de dois terços (66%) para que o processo chegasse ao seu termo e mandasse Donald de volta para as Trump Towers.
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