Nos primeiros seis meses deste ano, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) registou, em média, 25 reclamações por dia.
O setor rodoviário foi o que recebeu um maior número de reclamações, com 2.273, seguido do ferroviário, que registou 1.870 reclamações.
No primeiro semestre de 2016, a AMT, presidida por João Carvalho, registou um total de 4.576 reclamações, sendo que o setor mais representativo do universo das reclamações, o rodoviário, contabilizou 2.273 reclamações, o equivalente a 50% do total.
O subsetor que mais reclamações originou foi o do transporte de passageiros, que com 1.458 queixas, representa 64% do setor em que se insere, seguido, a larga distância, pelo setor das empresas de rent-a-car, que contabiliza um total de 530 reclamações, representando 23% das reclamações do setor rodoviário.
Note-se que o número de reclamações em causa apenas inclui as reclamações que são apresentadas diretamente à AMT e as que são registadas no livro de reclamações dos prestadores de serviços.
As queixas estiveram relacionadas com o “incumprimento” e a “não afixação de horários”, o “cancelamento do serviço sem aviso prévio”, “cláusulas” e “comportamentos abusivos”.
O setor ferroviário foi o segundo a receber mais reclamações no período em análise, contabilizando 1.870, 41% do total, repartidas pelos subsetores do Metropolitano, com 1.017 reclamações (55% do total do setor), do comboio de passageiros, com 848 reclamações (45% do total) e das infraestruturas com apenas 0,3% das reclamações do setor.
Já os motivos que originaram as queixas, no caso do subsetor do Metropolitano, prenderam-se principalmente com o facto dos “elevadores, rampas, escadas e tapetes rolantes estarem fora de serviço”.
No que respeita ao comboios de passageiros, os principais motivos a sustentar as reclamações estiveram relacionados com o “reembolso do valor do título” e com o “incumprimento ou não afixação do horário de transporte”, registando ambos os motivos 11% do total de reclamações do subsetor.
No setor fluvial registaram-se 293 reclamações, representando 6% do total, todas elas relacionadas com o transporte de passageiros, estando distribuídas pela Transtejo, com 206, o equivalente a 71% do setor, e pela Soflusa, com 87, o que equivale aos restantes 29%.
A principal razão apontada foi a “não emissão de fatura ou recibo, com número de contribuinte, no ato da venda do título de transporte”, que correspondeu a 20% das queixas.
Quanto ao setor portuário, registaram-se apenas três reclamações, um número pouco expressivo, relacionadas com a “inexistência ou falta de condições das instalações sanitárias” e a “não resolução de problemas identificados pelos clientes”.
Taguspark
Ed. Tecnologia IV
Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 71
2740-257 Porto Salvo
online@medianove.com