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Comissão de Inquérito à Caixa ouve hoje António Domingues

As restantes audições, como por exemplo a do ministro das Finanças, Mário Centeno e do governador do Banco de Portugal, estão ainda por agendar porque a comissão está ainda à espera de documentação.
  • Cristina Bernardo
28 Abril 2017, 08h12

António Domingues vai ser novamente ouvido pelos deputados sobre a fugaz passagem pela Caixa Geral de Depósitos (CGD). O ex-presidente do banco público vai ser ouvido esta sexta-feira, às 10 horas, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CIP) sobre a Caixa em relação à atuação do Governo na nomeação e demissão da anterior administração do banco público.

O nome da Comissão é extenso: Comissão Eventual de Inquérito Parlamentar à Atuação do XXI Governo Constitucional no que se Relaciona com a Nomeação e a Demissão da Administração do Dr. António Domingues, com as siglas (CPIAGNDAD). O presidente da segunda comissão de inquérito sobre a Caixa é o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco.

Na reunião dos coordenadores da comissão, que definiu o calendário de trabalhos, foi analisada a recusa de algumas entidades, nomeadamente da CGD, de enviar ao parlamento documentação solicitada. Por isso, os deputados decidiram, na semana passada, voltar a pressionar a Caixa Geral de Depósitos e o ministério das Finanças a enviar documentos, visto que estas entidades têm se recusado a fazê-lo, alegando limitações legais.

As restantes audições, como por exemplo a do ministro das Finanças, Mário Centeno e do governador do Banco de Portugal, estão ainda por agendar porque a comissão está ainda à espera de documentação.

Numa segunda fase desta comissão, deverão ser ouvidos Elsa Roncon, ex-diretora-geral do Tesouro e Finanças, Francisco Sá Carneiro, advogado da CS Associados, e a consultora McKinsey, que acessorou António Domingues nas negociações com Bruxelas ainda antes de assumir o cargo.

O PS indicou o deputado Luís Testa para a função de relator desta comissão. Para já, apenas PSD e CDS-PP, que apresentaram requerimentos conjuntos, e o Bloco de Esquerda pediram audições e documentação, ao contrário de PS e PCP.

Enquanto o BE se cingiu às atas das reuniões do Conselho de Administração da CGD durante o período em que o banco foi presidido por António Domingues, PSD e CDS-PP foram mais longe e dividiram o pedido em três áreas: sobre a nomeação, gestão e demissão da anterior administração da Caixa, avança a Lusa.

PSD e CDS-PP solicitaram toda a documentação entre o Governo e a anterior administração da CGD, mas sem nunca pedirem concretamente as mensagens telefónicas escritas (SMS) trocadas entre Domingues e Centeno, que tinham chegado a ser requeridas na primeira comissão de inquérito sobre a Caixa, pedido rejeitado pela esquerda.

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